Inquérito BES: Salgado mantém que Machado da Cruz prestou «bons serviços» ao grupo
O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES diz que continua a considerar que o antigo contabilista da Espírito Santo International, Francisco Machado da Cruz, prestou bons serviços ao Grupo Espírito Santo.
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«Continuo a dizer que o Dr. Machado da Cruz prestou bons serviços ao grupo. Não era apenas contabilista do grupo, era administrador. Era administrador da Rioforte e membro do Conselho Fiscal do BESA até ao final de 2012, onde tinha relações com a KPMG angolana», afirmou Salgado.
«Sempre tivemos a maior confiança no Dr. Francisco Machado da Cruz», reforçou o banqueiro durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.
Salgado respondia às questões lançadas pelo deputado do PSD, Carlos Abreu Amorim, que lhe perguntou se tenciona processar Machado da Cruz.
«Não posso ser eu a tomar uma decisão dessas», afirmou, apontando para a necessidade de ser uma decisão coletiva do GES.
«Na altura o processo foi entregue aos tribunais do Luxemburgo. Penso que vamos assistir ao desenrolar dessa situação nos tribunais do Luxemburgo», sublinhou Salgado.
Paralelamente, o ex-presidente do BES afastou a ideia de ter dado ordens ao antigo contabilista da ESI para esconder os desequilíbrios nas contas desta 'holding' do GES.
«Nego totalmente ter dado instruções a Machado da Cruz para ocultar informação sobre o passivo do grupo», vincou.
Já sobre as razões por trás da decisão de não afastar o então contabilista da ESI na altura em que supostamente Salgado teve conhecimento das irregularidades nas contas da 'holding' (finais de 2013), o responsável justificou com o facto de Machado da Cruz ser a única pessoa que podia assinar as contas da unidade do grupo nos Estados Unidos (EUA).