Inquérito BES: Teixeira dos Santos recusa influência de Salgado no governo socialista
O antigo ministro das Finanças recusou, perante os deputados, a ideia de que o BES fizesse lóbi junto do Governo de José Sócrates.
Corpo do artigo
Teixeira dos Santos deu início ao terceiro dia de audições na comissão de inquérito ao BES e ao GES, no parlamento. O antigo titular da pasta das Finanças considera que o banco e Ricardo Salgado não tiveram um tratamento especial no governo de José Sócrates, especialmente na atribuição de negócios e parceria público-privadas.
Para exemplificar a "distância" nas relações, Teixeira dos Santos deu como exemplo o caso do negócio PT / VIVO, em que o governo socialista tomou uma posição divergente da que era defendida pelo BES, accionista da PT, respondendo que o processo foi decidido pelos acionistas e que o BES teve o peso decorrente da sua participação.
Teixeira dos Santos disse, ainda, enquanto ministro das finanças, fez questão de não saber da situação fiscal do BES. Afirmou que sabia que havia problemas fiscais, desde logo os que estavam denunciados no caso da Operação Furacão, mas confessou que fez questão de não querer estar informado sobre o tema, para não tratar de forma diferenciada o BES em relação a outros.