Inquérito/BES: PCP acusa BdP de fazer «gestão aparentemente política» dos documentos que entrega à comissão
O Partido Comunista Português (PCP) acusou hoje o Banco de Portugal (BdP) de ter uma «notória resistência» em facultar documentação à comissão de inquérito do BES/GES, fazendo uma «gestão aparentemente política» do assunto.
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«Julgo que é cada vez mais notória a resistência que, principalmente o BdP, vem demonstrando na libertação de documentos», frisou o deputado coordenador do PCP na comissão de inquérito, Miguel Tiago, em conferência de imprensa no parlamento.
Os comunistas denunciaram hoje «obstáculos» de entidades nacionais e estrangeiras aos trabalhos da comissão, nomeadamente na recusa de documentos e elementos tidos pelos parlamentares como necessários para o seu trabalho.
Algumas entidades, afirmou Miguel Tiago, têm apresentado «manifesto desrespeito pela legislação que enquadra a sua atividade e pelo dever de colaboração».
No caso do BdP, os documentos têm sido libertados mediante uma «gestão aparentemente política» que banco central vai «fazendo dos assuntos», e muitas vezes chegam ao parlamento porque foram mencionados por alguém, seja na comissão de inquérito ou na comunicação social.