Inteligência artificial pode vir a substituir quase 30% do emprego em Portugal

Um quarto dos empregos tem potencial para beneficiar da Inteligência Artificial
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Entre os trabalhos que estão mais em risco estão os do setor das vendas, os empregados de mesa, os operadores de máquinas e os funcionários de armazéns
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O avanço da Inteligência Artificial (IA) ameaça três em cada dez empregos no país, revela um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, divulgado esta sexta-feira. Ainda assim, um quarto dos empregos podem vir a beneficiar do potencial da IA.
Entre os empregos que estão mais em risco estão os do setor das vendas, os empregados de mesa, os operadores de máquinas e os trabalhadores de armazéns. Representavam, em 2021, quase 30% dos empregos no setor privado que podem vir a ser substituídos pela Inteligência Artificial. As profissões “em colapso” são também aquelas que são mais mal remuneradas.
Ainda assim, Portugal não será dos países mais afetados, já que quase 40% dos empregados trabalha naquilo a que os autores do estudo chamam “terreno humano”, ou seja, em cuidados pessoais nos serviços de saúde, motoristas, limpeza, serviços de estética, entre outros.
No entanto, o relatório avisa que o país vai ter de se preparar para um aumento significativo do número de desempregados, o que, naturalmente, vai sobrecarregar o sistema de Segurança Social.
Para responder a este problema, os autores aconselham o Governo a preparar uma estratégia de incentivos à requalificação profissional, acompanhada de medidas de proteção social.
O relatório da Fundação Francisco Manuel dos Santos sublinha ainda que um quarto dos empregos tem potencial para beneficiar da Inteligência Artificial.
O estudo tem por base os Quadros de Pessoal de 2021, relativos ao setor privado, e analisa a exposição de 120 profissões ao avanço da Inteligência Artificial.