Interessados no Novo Banco não têm responsabilidades sobre dívida do GES subscrita no BES - BdP

Novo Banco
Álvaro Isidoro/Global Imagens
O esclarecimento surge para "dar resposta a questões colocadas por potenciais compradores no processo de venda do Novo Banco", diz o Bando de Portugal.
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O Banco de Portugal reiterou hoje que os interessados na compra do Novo Banco não têm responsabilidades sobre a dívida emitida pelo Grupo Espírito Santo (GES) que foi subscrita nos balcões do Banco Espírito Santo (BES).
Numa nota disponibilizada no seu site oficial, o Banco de Portugal divulgou hoje uma deliberação do Conselho de Administração aprovada a 13 de maio.
A instituição liderada por Carlos Costa esclarece que divulga esta deliberação para "dar resposta a questões colocadas por potenciais compradores no processo de venda do Novo Banco, sobre os efeitos da medida de resolução aplicada ao BES quanto a eventuais responsabilidades do BES, designadamente perante clientes de retalho, relacionadas com a comercialização de instrumentos de dívida emitidos por entidades do Grupo Espírito Santo".
Na deliberação hoje tornada pública, refere-se que "não foram transferidas para o Novo Banco as eventuais obrigações, garantias, responsabilidades ou contingências eventualmente assumidas pelo BES, nomeadamente perante clientes de retalho, na comercialização, intermediação financeira e distribuição de instrumentos de dívida emitidos por entidades que integram o Grupo Espírito Santo".
Este esclarecimento surge depois de, na quinta-feira, a Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) ter anunciado que vai apresentar queixas-crime contra os responsáveis pela venda de papel comercial, deslocando-se a agências do Novo Banco espalhadas por todo o país, juntamente com os agentes da autoridade, para identificar os envolvidos "direta ou indiretamente" no processo.