Os juros da dívida soberana portuguesa aliviam hoje em todas as maturidades, à semelhança dos italianos e espanhóis, que estão também a ceder, beneficiando da intervenção do BCE.
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Os juros da República, de Itália e de Espanha registam, pelo terceiro dia consecutivo, descidas consideráveis depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado no domingo que ia «implementar activamente» um programa de compra de títulos, nomeadamente de Itália e Espanha, contribuindo assim para a redução das taxas de juro.
Pelas 9h15 de Lisboa, os juros exigidos pelos investidores para transaccionar dívida soberana portuguesa a dois anos negociavam nos 11,816 por cento, abaixo dos 11,935 por cento, da média do dia de terça-feira, segundo os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg.
O spread face à dívida alemã atingia hoje os 1,111 pontos base nesta maturidade.
No prazo a cinco anos, também a dívida soberana da República transaccionava a valores inferiores aos registados no dia anterior, com os investidores a negociarem os títulos no mercado secundário nos 12,128 por cento, abaixo dos 12,487 por cento da média do dia anterior.
Nesta maturidade, o spread face à dívida alemã atingia hoje os 1.073 pontos base.
Também na maturidade a dez anos a tendência é de descida: os juros da dívida soberana portuguesa negoceiam nos 10,467 por cento, uma ligeira descida face aos 10,599 por cento de terça-feira.
O spread face à dívida alemã é de 817,3 pontos base.
Em Espanha, as obrigações com maturidades a dez anos estão hoje a bater mínimos, e negoceiam nos 5,002 por cento, segundo a Bloomberg.
Quanto às obrigações espanholas com maturidades a dois anos e a cinco anos, estas negoceiam hoje nos 3,147 por cento e 4,202 por cento, respectivamente, abaixo do valor médio para cada uma das maturidades verificado na segunda-feira.
Em Itália, a situação está também a aliviar. Os juros exigidos pelos investidores para transaccionar dívida soberana a dois anos negoceiam hoje nos 3,553 por cento, depois de na sexta-feira terem batido máximos, tendo negociado nos 6,234 por cento.
Nos prazos a cinco e a dez anos, os títulos da dívida italiana negoceiam nos 4,315 por cento e nos 5,110 por cento, respectivamente.