O Irão anunciou que vai rever as exportações de petróleo para países europeus, mas que não as vai interromper para já «por razões humanitárias», noticiou a televisão iraniana em língua árabe Al-Alam.
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O anúncio, feito depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano ter convocado os embaixadores de seis países da União Europeia, incluindo de Portugal, gerou confusão e provocou um aumento do preço do barril de Brent no mercado internacional.
Segundo a Al-Alam, o diretor do MNE iraniano para a Europa Ocidental, «Hassan Tajik, avisou que o Irão pode suspender as vendas de petróleo à Europa», mas que «não o vai fazer para já por razões humanitárias e devido ao frio».
A televisão iraniana IRIB citou o mesmo responsável, afirmando que o Irão «pode substituir imediatamente» os compradores europeus por outros e que «isso não foi feito ainda dada a política humanitária do Irão e a atual situação da Europa».
Os embaixadores de Portugal, Espanha, França, Grécia, Holanda e Itália foram convocados em separado e, segundo a televisão estatal, "foi-lhes comunicado que o Irão vai rever as vendas de petróleo" aos respetivos países.
Questionado sobre o assunto numa conferência de imprensa em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, afirmou que tinha ainda de falar com o embaixador português para «saber o que se passou», mas disse que a dependência portuguesa do petróleo iraniano é neste momento «de zero por cento».