O ministro das Finanças irlandês mostrou-se hoje confiante de que serão concedidos a Portugal e à Irlanda mais sete anos para o pagamento dos empréstimos concedidos ao abrigo dos programas de ajustamento.
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«O documento da Comissão, que tem estado disponível, aponta para uma extensão das maturidades em sete anos», afirmou Michael Noonan, à chegada à chegada à reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, a decorrer em Dublin.
«Não vejo grandes reticências, nem grandes objeções, pelo que esperamos que nos concedam» uma extensão das maturidades, acrescentou o ministro irlandês.
O Financial Times divulgou na quinta-feira um documento da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que contém cinco opções para a extensão das maturidades, sendo sete anos a opção recomendada.
Noonan disse ainda que, durante os últimos dias, manteve contactos com os seus homólogos europeus, entre os quais o ministro Vítor Gaspar, bem como com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, sobre a extensão das maturidades.
À chegada à reunião, o presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, afirmou estar "otimista" relativamente à extensão dos prazos para o pagamento dos empréstimos português e irlandês.
«Temos de esperar, mas estou otimista. Espero que haja uma decisão final. Creio que seria muito bom para Portugal e para a Irlanda clarificar esta questão, esse é o meu objetivo hoje", acrescentou Dijsselbloem.
O ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, também afirmou estar confiante que os ministros europeus aprovem a extensão das maturidades, sustentando que, quando países como Portugal e a Irlanda "fazem progressos e esforços e atingem resultados convincentes, devem ser premiados».
O pedido de extensão das maturidades, feito por Portugal e pela Irlanda a 21 de janeiro, deverá dominar a reunião informal de hoje do Eurogrupo (ministro das Finanças da zona euro), que será seguida por um encontro alargado aos titulares da pasta das Finanças do 27 Estados-membros.
Portugal está representado nas reuniões pelo ministro Vítor Gaspar.