A separação dos negócios em África era a solução proposta pelo BPI para fazer face à exigência do BCE, que obriga os bancos europeus a estarem menos expostos à economia de Angola.
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A proposta passava pela criação de uma nova empresa detida pelos mesmos acionistas do BPI para controlar essa parte do negócio. Mas Isabel dos Santos que, através da Santoro, que é dona de 18% do banco, tem poder de veto nas decisões da assembleia-geral, votou contra a proposta. A empresária angolana, de resto, já tinha manifestado discordância com esta solução
Segundo um comunicado do BPI enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a assembleia-geral que hoje decorreu, no Porto, "não aprovou a cisão do banco BPI em virtude de não ter sido alcançado a maioria qualificada de dois terços dos votos emitidos da qual dependia a sua aprovação".
Conforme adianta, a proposta de cisão obteve apenas 63,08% de votos a favor, não chegando à maioria de dois terços que necessitava para ser aprovada.
O BPI tem uma participação de 50% no Banco de Fomento de Angola, que é cada vez mais importante nas contas do grupo.