O jornal Público revela que o acordo abrange todos os investidores. A maioria vai recuperar 75% do dinheiro que aplicou.
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A proposta final já foi aprovada pelo Banco de Portugal e diferencia grandes de pequenos investidores. Quem investiu até meio milhão de euros vai receber 75% mas, neste caso, há um limite de 250 mil euros. As aplicações superiores a 500 mil euros recuperam metade do valor, sem qualquer teto máximo. Por exemplo, um investimento de 800 mil euros significa um reembolso de 400 mil.
O pagamento vai ser feito por fases. A primeira é de 30% por cento e deve ser feita já em 2017; as outras duas hão de ser pagas, na pior das hipóteses, até 2021.
A proposta implica a aceitação individual de cada um dos investidores. Espera-se que isso aconteça na esmagadora maioria dos casos, uma vez que 90% dos clientes aplicou menos de meio milhão de euros. Ou seja, vai receber dois terços do que gastou.
Mas a solução ainda vai demorar algum tempo a ser concretizada. Primeiro, é preciso perceber quantos investidores aderem; depois, vai ser criada uma entidade à qual compete gerir os pagamentos.
Fica também garantida uma das condições exigidas pelo governo: de que o caminho encontrado não afetasse o défice.