O presidente do Governo da Madeira afirmou, esta sexta-feira, que a "derrapagem" financeira desta Região Autónoma mencionada pelo representante da "troika" «não é novidade».
Corpo do artigo
Alberto João Jardim reagia aos jornalistas na Quinta Vigia, a presidência do Governo Regional, lendo um comunicado, em reacção à declaração do representante da Comissão Europeia, Juergen Koreger, que o Governo vai recorrer a quase 600 milhões de euros de receitas extraordinárias para cobrir novos buracos financeiros com o BPN e a Madeira.
O elemento da "troika", mencionou que no caso desta Região Autónoma a derrapagem é na ordem dos 277 milhões, sem explicar do que se tratava.
«Não é novidade. O Governo Regional informara já a população de que, para defender o povo madeirense, a alternativa às medidas financeiras político-partidárias do anterior Governo socialista que visavam parar a vida do arquipélago foi a de não se render, resistir, mesmo à custa do aumento da dívida pública», disse Alberto João Jardim.
Acrescentou que logo após a tomada do actual Executivo da República do PSD, a Madeira «apresentou uma informação completa sobre a situação e solicitou um plano de regularização financeira, tal como decorre para o Estado central».
«É nesse sentido que os portugueses da Madeira vivem a solidariedade dos sacrifícios impostos a todos os cidadãos nacionais, apesar de, a tempo, sempre terem alertado que Portugal chegaria a esta situação», sublinhou.
Jardim sustentou que «a perspectiva temporal das receitas próprias da Madeira é a garantia da viabilidade do plano solicitado».
Concluiu que o Governo Regional «entende que o arquipélago poderia ter sido defendido melhor, se fosse mais ampla a autonomia política, o que até agora vem sendo negado pela República».