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O Bloco considera uma «vergonha» a escolha deste banco para assessorar a privatização dos CTT. O Governo diz que os diferendos entre esta instituição e o Governo estão encerrados.
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O Governo confirmou a contratação da JP Morgan para a assessorar a privatização dos CTT, uma privatização que o Executivo diz que é uma obrigação imposta pela troika.
Durante um debate de urgência pedido pelo PCP sobre esta privatização, o Bloco de Esquerda disse ainda não perceber porque a JP Morgan foi escolhida para assessorar o processo, que o Governo queria processar no âmbito dos processos "swap".
«Como é que depois de haver uma intenção de levar a tribunal a JP Morgan por venda de contratos especulativos de instrumentos financeiros o Governo entende contratar a mesma instituição bancária para fazer a assessoria financeira na privatização dos CTT», perguntou a deputada Ana Drago.
Perante isto, a parlamentar bloquista considerou que esta atitude por parte do Governo é uma «vergonha» e algo de «impensável, porque nenhuma empresa volta a fazer um novo contrato com quem a enganou no passado».
Na resposta, o secretário de Estado dos Transportes garantiu que o diferendo a este respeito entre o Governo e a JP Morgan a este respeito estava terminado ao ler um comunicado emitido esta quarta-feira pelo Ministério das Finanças.
«Está normalizada a relação entre entidades do setor público e esta instituição financeira. Julgo que isto responde a todas as dúvidas que foram aqui colocadas», explicou Sérgio Monteiro.
Por seu lado, o comunista Bruno Dias considerou esta medida um «crime contra o povo e o país» e garante que haverá uma luta interminável se esta privatização for avante.
«É tirar o que é de todos para garantir o lucro de alguns. Podem ter a certeza que terão pela frente a nossa firme oposição a esses negócios e terão pela frente a luta de norte a sul do país», acrescentou.