Os juros da dívida soberana de Portugal estavam hoje a subir a dois e cinco anos para novos máximos em relação a sexta-feira, à espera de uma solução para a crise política.
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Às 10:30, os juros da dívida a dois anos estavam a transacionar-se acima dos 5,8%, nos 5,833%, um novo máximo desde novembro de 2012, depois de terem fechado a 5,775% na sexta-feira.
No prazo de cinco anos, os juros estavam nos 7,352%, um máximo desde novembro de 2012 e acima dos 7,324% do encerramento de sexta-feira.
Os juros a 10 anos estavam a descer, a serem negociados a 7,445%, depois de terem fechado a 7,508% na sexta-feira, um máximo desde novembro de 2012.
Os três partidos, PSD, CDS-PP e PS, reunidos no domingo, continuam a negociar, com um prazo de uma semana, para tentar chegar a um «compromisso de salvação nacional» para apresentar ao Presidente da República.
Na quarta-feira, o Presidente da República propôs, numa comunicação ao país, um «compromisso de salvação nacional» entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e eleições antecipadas a partir de junho de 2014.
Cavaco Silva considerou também «extremamente negativo para o interesse nacional» a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.
Os juros da dívida soberana italiana estavam a descer em todos prazos, bem como os da grega a 10 anos e os da espanhola a cinco e 10 anos.