Portugal colocou um total de mil milhões de euros, a três e a onze meses. A procura superou muito a oferta, mas há mais de um ano que o juro não era tão elevado.
Corpo do artigo
Na emissão a três meses, o Tesouro emitiu 245 milhões de euros, numa operação em que a procura foi quase o triplo da oferta. A taxa de juro foi de 0,075%, o máximo desde novembro de 2014, altura em que o juro foi de 0,156%.
No caso da emissão a onze meses, o Estado colocou 755 milhões de euros. A procura superou a oferta em uma vez e meia, a um taxa de 0,146%. Este é o juro mais elevado desde junho do ano passado. Em junho de 2015, foram emitidos 550 milhões de euros a 0,159%.
Apesar de os juros de hoje serem os mais elevados do último ano, Filipe Silva, diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa, considera que "esta subida não é muito acentuada e as taxas de endividamento português continuam historicamente baixas".
"A dívida portuguesa continua a ser uma alternativa para os investidores que procuram algum retorno, uma vez que nos países com menos risco as taxas de curto prazo estão negativas, daí a boa procura para a dívida portuguesa."