Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois, cinco e dez anos negoceiam em novos máximos históricos, no dia em que o Estado volta ao mercado para mais dois leilões de dívida de curto prazo.
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Às 08:30, os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois anos negociavam, em média, nos 10,17 por cento, um novo máximo histórico e acima dos 10,14 por cento registados na terça-feira, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
Também os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, nos 10,78 por cento, atingindo um novo máximo histórico, enquanto o spread face à dívida alemã chegava aos 808,4 pontos base.
A taxa a dez anos, negociava nos 9,13 por cento, também a tocar um novo máximo histórico.
Os juros continuam desta forma a subir no dia em que a "troika" do FMI, BCE e Comissão Europeia reúne com as confederações patronais, e que o Estado volta hoje ao mercado para mais dois leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidade a três meses e seis meses onde espera arrecadar entre 750 e mil milhões de euros de dívida.