Juros de Portugal caem a dois e cinco anos, mas batem recordes em França, Itália e Espanha
Os juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida pública portuguesa no mercado secundário estão esta sexta-feira a recuar a dois e a cinco anos, embora a Ficht tenha cortado o "rating" de Portugal na quinta-feira.
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Naquele dia, os juros negociavam-se na casa dos 16 por cento nessas maturidades, logo após a agência de classificação financeira Ficht ter cortado o "rating" de Portugal para "lixo".
Esta sexta-feira, pelas 09:45, os juros da dívida portuguesa seguiam a cair nos prazos entre dois e cinco anos para os 16,263 por cento (16,685 por cento na quinta-feira) e a 15,465 por cento (15,670 no dia anterior), com o prémio de risco, que mede o diferencial face à dívida alemã e é usado como referencial, a situar-se em 1.582 e 1.430 pontos base, respectivamente.
No entanto, em França, Grécia, Espanha e Itália, os juros da dívida estão a bater máximos históricos naquelas duas maturidades, no seguimento de a Alemanha se ter oposto à criação de obrigações do Tesouro europeias e recusado uma maior intervenção do Banco Central Europeu (BCE), dando nota aos mercados que «há divergências» para enfrentar a crise da dívida na Zona Euro.
Na Grécia, os investidores estão a exigir juros a dois anos nos 125,08 por cento, na Itália a 7,482 por cento, na Espanha a 5,995 por cento e na França a 1,914 por cento, estando os mercados muito pressionados.
Na maturidade dos cinco anos, os juros negociados estão em Espanha nos 6,285 por cento, na Itália ultrapassam o nível psicológico dos 7 por cento, evoluindo nos 7,637 por cento, em França seguem nos 2,887 por cento, enquanto que na Grécia estão próximo dos 47 por cento.