O Presidente da República diz que só no final dos três anos previstos para a gestão da solução encontrada será possível perceber se há ou não custos para os contribuintes.
Corpo do artigo
O Presidente da República afirmou que a solução para os lesados do Banco Espírito Santo (BES), embora seja "um veículo privado", fora da esfera do Estado, pode implicar, a prazo, "algum pequeno custo" para os contribuintes.
Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a solução apresentada não é "a solução ideal", mas "diminui a situação de sofrimento e de penosidade" dos lesados do BES e representa "um compromisso do Governo que é cumprido".
Quanto a um eventual impacto no défice, o chefe de Estado disse que, "para já, sendo um veículo privado, não se coloca o problema de ir ao défice deste ano ou do próximo ano".
Mais a prazo, "se houver custo para os contribuintes", no seu entender, "como é uma realidade extraordinária, pode não ser considerada pela Comissão Europeia para efeitos de défice excessivo".
Esta quinta-feira o primeiro-ministro tinha garantido no debate quinzenal no Parlamento que não serão os "cofres públicos" a pagar a solução encontrada para os lesados do BES.