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As câmaras vão manter em 2012 o limite de endividamento nos 125 por cento, confirmou esta quinta-feira o secretário de Estado da Administração Local.
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A garantia surgiu depois de Fernando Ruas ter reunido esta quinta-feira como o primeiro-ministro.
A intenção do Executivo era estabelecer que o valor de endividamento das câmaras no próximo ano não poderia exceder os 62,5 por cento das receitas provenientes dos impostos municipais, um cenário que a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) contestou, alertando para o risco de 200 municípios, que nesta altura têm as contas controladas, virem a ficar no "vermelho".
«O Governo comprometeu-se a encontrar um outro investimento que não seja a redução do limite do endividamento para conseguir os mesmos objectivos que têm a ver com a redução efectiva do endividamento dos municípios», disse o secretário de Estado da Administração Local.
Paulo Júlio avançou também as razões que levaram o Executivo a reconsiderar a proposta que está no Orçamento do Estado para 2012.
«O argumento principal é político, uma vez que a redução do limite de endividamento para metade coloca administrativamente acima desse novo limite largas dezenas de municípios (...) O que conta para o Governo são os objectivos fiscais, o caminho para os conseguir podem ser diferentes», disse, assegurando que o Executivo não pretende «incomodar, sob o ponto de vista político, os municípios».
O presidente da ANMP, Fernando Ruas, explicou à TSF que o objectivo será conseguido através das amortizações anuais das câmaras num «montante exactamente igual àquele que o Governo conseguiria se baixasse os limites de endividamento».