
epa06677500 A woman sells bird feed near Turkish flag at Eminonu Square in Istanbul, Turkey, 18 April 2018. Turkish President Recep Tayyip Erdogan announced on 18 April 2018 that Turkey will hold the snap election on 24 June 2018. The presidental and parliamentary elections were scheduled to be held in November 2019, but government has decided the change the date following the recommendation of the Nationalist Movement Party (MHP) leader Devlet Bahceli. EPA/SEDAT SUNA
Sedat Suna/EPA
Moeda turca tinha sofrido uma queda abrupta e está a recuperar.
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A lira turca seguia, esta quinta-feira, a recuperar 3% face ao euro e 2,4% em relação ao dólar, depois do colapso cambial verificado na sexta-feira e na segunda-feira passadas devido ao diferendo político e comercial com os Estados Unidos.
Pelas 11h00 (hora de Lisboa), o dólar transacionava-se a 5,80 liras, apesar de ter fechado a 5,94 liras na quarta-feira, enquanto o euro, que encerrou a valer 6,64 liras na quarta-feira, trocava-se a 6,71 liras por euro.
Nas três últimas sessões, a moeda turca recuperou grande parte do valor que tinha perdido na sequência de uma "queda abrupta".
A recuperação da lira iniciou-se depois de várias medidas adotadas pelo Banco Central da Turquia e da Agência de Regulação e Supervisão Bancária com o objetivo de garantir liquidez ao sistema financeiro e apoiar a moeda turca.
De acordo com fontes presidenciais citadas pelos média turcos, o emir do Catar, Tamim bin Hamad al Zani, prometeu na quarta-feira um investimento direto de 15.000 milhões de dólares à Turquia.
Se bem que a moeda turca se esteja a depreciar desde há dois meses, a recente escalada das tensões diplomáticas e comerciais entre Ancara e Washington devido à detenção na Turquia de um sacerdote norte-americano, precipitou a depreciação acentuada da lira e assustou os investidores.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou, entretanto, que a crise da lira é "um ataque económico contra a Turquia".
Já o ministro de Finanças e genro de Erdogan, Berat Albayrak, anunciou que realizará uma videoconferência, coordenada com vários bancos e com 3.000 investidores, para acalmar os mercados, segundo a cadeia de televisão turca NTV.
A Turquia enfrenta atualmente uma alta inflação e um enfraquecimento acentuado da sua moeda, que está a preocupar os investidores internacionais, pois poderá haver um contágio a outros mercados, nomeadamente à França e à Itália, e a bancos muito expostos ao mercado turco.