O negócio só aguarda o parecer da Autoridade da Concorrência. Para já, são 9 das 49 lojas dos supermercados Alisuper que podem passar para o Intermarché. O Pingo Doce também está interessado.
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Em 2012, o empresário José Nogueira, que expande a sua atividade por outros ramos de negócio, pagou cerca de 26 milhões de euros para salvar uma empresa que tem a maioria das suas lojas sedeadas no Algarve.
Mas as dívidas do grupo, aos trabalhadores, Segurança Social, fornecedores e bancos, já somavam 80 milhões. Muitos estabelecimentos tinham sido encerrados, trabalhadores despedidos e o aparecimento de alguém interessado na recuperação da empresa foi uma lufada de ar fresco.
Fez até o antigo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, deslocar-se ao Algarve, à inauguração da primeira loja reaberta e recuperada, na zona turística de Vale do Lobo. Na altura, o ministro não poupou elogios ao empresário.
Agora, o grupo sente novamente dificuldades financeiras. No entanto, de acordo com o que a TSF apurou junto da administração, só cerca de metade das lojas poderão ser vendidas.
Na Assembleia de credores que determinou a recuperação da empresa, ficou decidido que todo património ou seja, as lojas das quais o grupo é efetivamente proprietário, não podem ser vendidas até que as dívidas estejam saldadas.
Fonte da administração garantiu também à TSF que no contrato para aquisição dos supermercados o grupo Nogueira quis que o Intermarché se comprometesse a salvaguardar os postos de trabalho.