O lucro da gasolineira Galp caiu 21% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, passando para 218 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.
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De acordo com a empresa de energia, segundo o comunicado enviado à Comissão do mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado líquido ajustado no terceiro trimestre caiu 42,3%, tendo atingido os 57 milhões de euros.
O resultado líquido ajustado (RCA - Replacemente Cost Adjusted) exclui o efeito stock e eventos não recorrentes e é considerado como o indicador que melhor descreve o desempenho da empresa.
Esta evolução deveu-se sobretudo ao «aumento das amortizações e provisões no negócio de refinação e distribuição e à deterioração dos resultados financeiros, que, desde o segundo trimestre de 2013, são impactados pela não capitalização dos juros relacionados com o projeto de conversão».
Nos nove primeiros meses do ano, a petrolífera registou um aumento da produção 'net entitlement', ou seja, aquela a que a Galp Energia tem de facto direito, de 12,1%, que se deveu ao aumento da produção em Angola e no Brasil.
No terceiro trimestre, ou seja, entre julho e setembro, a produção 'net entitlement' também cresceu, aumentando 12,7%.
Segundo a empresa refere no comunicado hoje divulgado, o valor médio do "dated Brent" até setembro foi de 108,5 dólares por barril, menos 3,3% que no período homólogo de 2012.
Nesse período, explica a Galp, a cotação foi influenciada pela instabilidade política em alguns países produtores de petróleo, nomeadamente na Síria, no Sudão do Sul e no Iémen.
No terceiro trimestre, o "dated Brent" foi de 110,3 dólares por barril, valor semelhante ao do mesmo trimestre de 2012. Esta cotação foi, de acordo com a Galp, «sustentada por restrições da oferta em alguns países produtores de petróleo, em especial o Iraque e a Líbia, e por tensões geopolíticas, nomeadamente em torno da Síria».
A empresa de energia refere ainda que o volume no mercado de produtos petrolíferos ibérico registou, nos primeiros meses do ano, uma contração de 7%, devido à «conjuntura económica adversa» na região.
No terceiro trimestre de 2013, o mercado da Península Ibérica diminuiu 2%, para 15,1 milhões de toneladas, «na sequência essencialmente da evolução negativa do mercado espanhol, que contraiu 2%, enquanto o mercado português contraiu 1%».