Portugal contribuiu com 444 milhões de euros para os lucros do banco detido pelo grupo espanhol Caixabank.
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O BPI teve lucros de 524 milhões de euros em 2023, mais 42% do que em 2022, divulgou esta segunda-feira o banco.
Segundo a apresentação de resultados, a margem financeira (a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) cresceu 72% para 943 milhões de euros, o que o banco atribui à subida das taxas de juro mas também ao crescimento do crédito.
Ainda do lado das receitas, as comissões desceram uns ligeiros 1% para 291 milhões de euros.
Nas despesas, os custos de estrutura aumentaram 13% para 526 milhões de euros, tendo os custos com pessoal subido 9% para 283 milhões de euros.
Por geografias, os lucros da operação em Portugal subiram 91% para 484 milhões de euros, os lucros da operação de Angola (BFA) desceram 57% para 42 milhões de euros (o que o BPI atribui à desvalorização da moeda local, o Kwanza) e os resultados da operação em Moçambique (BCI) subiram 13% para 39 milhões de euros.
No balanço, o crédito a particulares aumentou 2% para 16.200 milhões de euros, sendo que dentro deste o crédito à habitação subiu 3% para 14.600 milhões de euros. O crédito a empresas subiu 5% para 11.500 milhões de euros, divulgou esta segunda-feira o banco.
Já os depósitos caíram 4% para 29.300 milhões de euros.
O BPI é detido pelo grupo espanhol Caixabank, que em 2023 lucrou 4.816 milhões de euros (mais 53,9% em relação a 2022).
Esta segunda-feira, na apresentação de resultados, o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, disse que o banco vai pagar dividendos relativamente a 2023, mas sem adiantar quanto, referindo que qualquer que seja o valor o banco quer preservar capital e fazer investimentos.
