Lucros do Santander Totta crescem 58% para 294 milhões de euros no primeiro trimestre
A margem financeira cresceu 64,6% para 440,6 milhões de euros enquanto as comissões desceram 0,7% para 120,9 milhões de euros.
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O Santander Totta teve lucros de 294,4 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 58,4% do que nos primeiros três meses do ano passado.
A margem financeira (a diferença entre juros cobrados no crédito e pagos nos depósitos) cresceu 64,6% para 440,6 milhões de euros enquanto as comissões desceram 0,7% para 120,9 milhões de euros.
"O resultado líquido alcançado foi de 294,4 milhões de euros. Mantivemos uma qualidade sólida da nossa carteira de crédito e uma adequada geração de capital", afirmou o presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro Almeida, em comunicado hoje divulgado.
De janeiro a março, o crédito a clientes subiu 9,6% em termos homólogos, para 46,6 mil milhões de euros. Para esta variação contribuiu o crédito a empresas e institucionais (+25,3%, para 22.225 milhões de euros), apesar da redução de 1,7% no crédito a particulares.
O crédito a particulares representou 24.420 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, tendo a maioria sido crédito à habitação (22.331 milhões de euros, -1,5%) e os restantes 1.812 milhões de euros crédito ao consumo (-0,4%).
No primeiro trimestre, os recursos de clientes do Santander em Portugal caíram 2,3% para 43.760 milhões de euros, destacando-se a queda de 4,7% nos depósitos.
"A evolução face ao final de março de 2023 reflete, por um lado, o processo de ajustamento das famílias e empresas à subida das taxas de juro, no primeiro semestre de 2023", aponta o banco.
O produto bancário subiu 39,1% para 567,3 milhões de euros, face ao primeiro trimestre, um crescimento "explicado pela evolução da margem financeira (+64,6%), já que as comissões líquidas estabilizaram" em 120,9 milhões de euros (-0,7%). Os resultados com operações financeiras baixaram 47,8%, para 4,3 milhões de euros.
Sobre a margem financeira, o banco aponta que a sua evolução "reflete, na quase totalidade, a evolução das taxas de juro de mercado, que permitiu um crescimento face ao período homólogo".
Até março, os custos operacionais aumentaram ligeiramente (1,1%), para 129 milhões de euros. O banco argumenta que a transformação comercial e digital "tem permitido manter um crescimento dos custos abaixo dos da inflação, em especial da dos serviços".
Os custos com pessoal subiram 3,1% para 70,2 milhões de euros e os gastos gerais e administrativos cresceram 2,4% para 49,3 milhões de euros.
Estes dados traduzem-se num resultado de exploração de 438,3 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, mais 56,3% em termos homólogos.
O rácio de eficiência caiu 8,6 pontos percentuais, para 22,7%, enquanto o rácio CET1 ('fully implemented') subiu 0,2 pontos percentuais face a março de 2023 para 13,6%.
O Santander Totta é detido pelo grupo espanhol Santander.