Mais peixe no prato em 2019. Quota de pesca alcança "valor recorde de 131 mil toneladas"
Os ministros europeus das pescas concluíram esta madrugada a longa maratona de negociações das quotas de pesca para o próximo ano.
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As possibilidades de pesca em 2019 sobem 24% em relação a este ano, para um máximo nunca alcançado de 131 mil toneladas.
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A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, espera agora que o resultado alcançado tenha "um impacto" económico no setor das pescas de "cerca de 36 milhões de euros, permitindo atingir um total de 220 milhões de euros", no próximo, "o que é muito significativo".
Os resultados conseguidos abrangem também com outras espécies, entre elas, algumas com alto valor comercial. "Estou a falar do tamboril, do lagostim, das raias, do atum rabilho, que teve um acréscimo de 11%, ou do areeiro, com um aumento de 35%", disse a ministra, acrescentando que relativamente à pescada, Bruxelas propunha uma "redução de 14%", mas foi possível travar o corte e "conseguimos que se mantivesse a mesma quota do ano passado
Na maior parte das regiões para a captura de bacalhau, a quota foi significativamente reduzida, mas a faina ao largo do Canadá promete compensar, com "um aumento muito grande da quota do bacalhau - da NAFO - que compensa as outras zonas em que temos um decréscimo. E, no global, temos um acréscimo de 12%, na quota do bacalhau".
A frota portuguesa "pode beneficiar de um aumento de 953 toneladas, o que representa um acréscimo de 12%, para o conjunto das três quotas de pesca desta espécie, sendo de destacar o aumento de 57% no bacalhau a pescar em águas da área designada como 3M da NAFO (Atlântico Noroeste), o que vem permitir compensar as ligeiras reduções nas outras quotas de pesca desta espécie", refere o Governo, num comunicado emitido no final da reunião.
A ministra do Mar destacou o aumento recorde, de 69% da quota de pesca do carapau, admitindo reforçar as campanha para aumentar o consumo desta espécie abundante na costa portuguesa. "A espécie mais abundante que evolui nas nossas águas e cujo consumo deve continuar a ser promovido".
"Em contrapartida, são reduzidas as quotas de pesca relativas à Sarda e Verdinho, na sequência das recentes negociações da UE com países terceiros com quem são partilhados esses stocks, como a Noruega, Islândia e Ilhas Faroé", lê-se no comunicado final.