A cerimónia de formalização da adenda ao protocolo de cooperação para a construção do Terminal Rodoferroviário de Lousado é realizada esta quarta.feira, entre o município de Famalicão, a Infraestruturas de Portugal e a Medway.
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O projeto já aprovado em 2018, esteve parado para averiguação da natureza do arsénio, detetado nos solos, considerado um dos venenos mortais, mas a promotora deste terminal rodoferroviário, a Medway, transportadora ferroviária de cargas, na altura esclareceu que só avançaria se tal fosse de origem natural, podendo ser tratado eventualmente para servir de aterros necessários à construção.
Agora, a ideia é formalizar uma adenda ao protocolo que vai permitir o avanço da construção daquela que é apresentada como a maior plataforma da Península Ibérica de transporte rodoferroviário, numa cerimónia que conta com as presenças do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, do presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, do presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, e do presidente do Conselho de Administração da Medway, Carlos Vasconcelos.
A alteração ao protocolo de cooperação assinado em 2019 entre a IP, a Medway e o Município para a construção e ligação do Terminal na freguesia de Lousado incide sobre questões como a intervenção de cada parte no projeto e empreitadas, a cedência de materiais por parte da IP, expropriações e acertos dominiais, procedimentos operacionais, manutenção das futuras infraestruturas e compromissos de tráfego.
Recorde-se que a ligação ferroviária, bem como as acessibilidades rodoviárias a concretizar, terão acesso direto, através da Linha do Minho, às principais vias de exportação e que o terminal irá potenciar a indústria exportadora facilitando a logística das mercadorias.
O futuro terminal em Famalicão servirá as necessidades crescentes de transporte de mercadorias da região, com oferta de transporte ferroviário de mercadorias integrado com soluções logísticas, mas o solo contaminado estava a atrasar a obra anunciada há 7 anos.
Apresentado como o maior da Península Ibérica, o terminal foi concebido para concentrar carga de empresas, sobretudo exportadoras, do grande Porto, e de contentores provenientes e com destino aos portos de Leixões e Sines, recebeu por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em 2021, uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, mas no documento esta entidade salvaguardou que a eventual presença de metais pesados teria de ser monitorizada.
