Manuel Castro Almeida: "Garanto que não é possível executar PRR se houver eleições"
O responsável pela pasta dos Assuntos Parlamentares pede "boa-fé e interesse em negociar", defendendo que "é muito importante que haja a humildade de ouvir os portugueses"
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Os ministros Adjunto e da Coesão Territorial e dos Assuntos Parlamentares dramatizaram esta terça-feira os efeitos de uma eventual crise política, com Manuel Castro Almeida a desafiar "qualquer especialista do PS" a mostrar como cumprir com PRR nesse cenário.
Estes alertas foram deixados pelos dois governantes na reta final das jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS-PP, que terminam hoje na Assembleia da República.
Primeiro, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, começou por avisar que "não há nenhuma folga, não há margem de erro para executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Se alguém pensar em introduzir eleições antecipadas neste percurso do PRR isto significa que o PRR não será executado. Eu garanto que não é possível executar o PRR se houver eleições", avisou o governante.
Castro Almeida deixou ainda um desafio direto aos socialistas.
"Desafio quem quer que seja, qualquer especialista do PS para me contrariar, eu tenho a certeza que não é possível executar o PRR neste cenário. Quem pensar mergulhar o país numa crise política tem que assumir a responsabilidade de que não haverá PRR", alertou.
Já o ministro Pedro Duarte, deixou um apelo direto ao PS para que "haja boa-fé e interesse em negociar", defendendo que "não é a sobrevivência dos líderes políticos que está em causa, é a vida dos portugueses".
"A negociação não se faz quando uma das partes diz: 'A minha posição é esta e não há mais conversa'. Nós todos temos de ceder, o Governo tem essa abertura, tem abertura para ceder, para negociar, para conversar, para encontrar pontos de aproximação entre as partes. Haja o mesmo do outro lado e o país vai ficar a ganhar", pediu.
Pedro Duarte disse que "parece haver lideranças políticas que, em nome não sabe muito bem de quê, querem criar um problema gigantesco ao país, querem gerar uma crise ao país, quando os portugueses manifestamente querem o contrário, querem o oposto".
"É muito importante que haja a humildade de ouvir os portugueses", disse.
