Maquinistas em protesto cumprem greve geral. Impacto nos transportes será sentido em todo o país
A paralisação deverá afetar sete empresas: CP, Fertagus, MTS - Metro do Sul do Tejo, ViaPorto, Captrain, Medway e IP – Infraestruturas de Portugal
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Os maquinistas cumprem esta sexta-feira uma greve geral em protesto com a ausência de clarificação do Governo sobre a relação entre sinistralidade ferroviária e taxa de álcool destes trabalhadores e para exigir condições de segurança adequadas.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e prevê-se que tenha impacto também no sábado, devido aos turnos dos maquinistas, nas sete empresas onde tem representação: CP, Fertagus, MTS - Metro do Sul do Tejo, ViaPorto, Captrain, Medway e IP – Infraestruturas de Portugal.
Já na quinta-feira se começaram a sentir os efeitos desta paralisação, com a CP a sinalizar a supressão de vários comboios, nomeadamente regionais e urbanos.
Na origem da greve estão as declarações do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, após o Conselho de Ministros de 14 de novembro, quando afirmou que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem" e que tem "um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”.
Leitão Amaro classificou como “inédita” a greve dos maquinistas, defendendo que em causa está um protesto contra algo que não aconteceu.
Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou na quinta-feira que vai avançar com várias medidas para reforçar a segurança ferroviária, que diz darem resposta às reivindicações dos maquinistas.
