Num momento crucial com a entrada em vigor da nova tarifa de 15% sobre bens europeus, o Presidente da Republica recebeu os representantes da Confederação das Micro, Pequenas e Medias Empresas que deixou em Belém um caderno de encargos para resolver nesta legislatura.
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O pacote de medidas da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, foi entregue a Marcelo Rebelo de Sousa, na audiência tida em Belém, esperando contributo do Presidente da Republica naquilo que defendem como propostas para promoção do desenvolvimento económico.
No ano em que celebra 40º aniversário esta confederação elaborou uma lista que vai apresentar ao governo e grupos parlamentares para estimular a competitividade do tecido empresarial, defendendo que são mais ambiciosas que o programa do executivo já apresentado.
Criada em 1986 com 11 núcleos regionais e representações de 13 associações e federações empresariais, esta estrutura há muito que vem dizendo que os sucessivos governo têm mascarado as linhas de crédito e que os empresários saem a perder em matéria de garantias.
Já este ano, o presidente, Jorge Pisco defendeu numa entrevista à TSF, a criação de gabinetes locais de apoio aos pequenos empresários nos 308 concelhos do país, numa altura em que foi criado um ministério para a Reforma do Estado, insistindo na necessidade de defender o foco na diminuição da burocracia e na melhoria da relação de empresas e pessoas com os serviços públicos.
Entre as medidas que foram preparadas, a Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas volta a insistir no pagamento de apoios em atraso, como os valores relativos ao Portugal 2020 quanto ao impacto da Covid19 e outras calamidades.
O pacote de propostas inclui mais de uma dezena de áreas, como investimento e fundos comunitários; finanças e tributação, ainda a legislação e regulação, bem como a estratégia e posicionamento; comércio e turismo, ou os transportes e mobilidade, a digitalização e transição digital, o património e ambiente, a segurança social e a formação.
Mesmo assim, esta confederação considera que a prioridade será sempre o alivio fiscal para responder a custos de contexto, pois iria permitir às empresas ter disponibilidade financeira, mas também precisam da diminuição da burocrática nos processos em que precisam de autorização dos serviços do estado para prosseguirem a sua atividade.
Nesta ida a Belém, a delegação da CPPME foi constituida pelo seu presidente, Jorge Pisco e pelos vice- presidentes, Duarte Lobo, Orlando Gomes e Jorge Camarneiro, que aproveitaram ainda o encontro para atribuir uma placa comemorativa dos 40 anos CPPME ao Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
Depois de reuniões realizadas com os partidos com assento parlamentar e com o secretário de estado para a simplificação administrativa, esta audiência foi mais uma etapa da ronda de contactos que esta estrutura está a fazer para apresentação do seu pacote de propostas, entendidas como fundamentais para o desenvolvimento da economia nacional.
Em comunicado, a Confederação que representa as Micro empresas portuguesas adianta que a conclusão desta ronda de contactos está agora dependente dos agendamentos solicitados ao Ministro da Economia e Coesão Territorial, também ao Ministro de Estado e das Finanças, ainda à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e também à Ministra da Justiça, os quais até à data não deram resposta aos pedidos realizados, logo após a tomada de posse do governo, situação que considera inusitada e que aguarda que se altere rapidamente.
