O presidente da República lamenta o desfecho das negociações no BPI, mas defende que o decreto-lei promulgado hoje "ainda dá um tempo" para "haver uma solução até 1 de julho".
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Marcelo Rebelo de Sousa explicou esta tarde, em Lisboa, por que, apesar de pronta há um mês, a nova lei que permite a desblindagem dos estatutos dos bancos só agora foi promulgada.
Para o Presidente da República, o acordo entre o Caixabank e a Santoro no BPI "era melhor para o sistema financeiro" nacional. "Primeiro porque não era uma imposição, era uma escolha das partes, em segundo lugar porque abria perspetivas para outras áreas do sistema financeiro", esclareceu.
Marcelo acredita, ainda assim, que a promulgação do decreto-lei nesta altura dá alguma margem para a resolução do problema do banco.
"Esta legislação tem uma vantagem: só entrar em vigor no dia 1 de julho deste ano", afirmou o presidente, acrescentando que "ainda dá um tempo que pode ser eventualmente aproveitado, já não para fazer o ideal (que seria o acordo), mas ainda haver uma solução neste espaço de tempo".
Instado pelos jornalistas, o chefe de Estado optou, no entanto, por não comentar o eventual impacto da oferta pública de aquisição lançada pelo Caixabank.