Marcelo sublinha que apoios à fábrica da Autoeuropa têm sido uma constante em "todos os Governos"
O chefe de Estado elogiou a presença de Castro Almeida nesta cerimónia, e o facto de ter sido o ministro a assinar a declaração com a Volkswagen, referindo que isso mostra que o Governo compreende “o significado estratégico do passo dado por este grupo para construir um Portugal com mais competitividade"
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O Presidente da República destacou esta terça-feira o “enorme passo” para o crescimento económico de Portugal com a produção de um novo carro da Volkswagen na Autoeuropa, salientando que é um “salto qualitativo” numa estratégia nacional com décadas.
Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta manhã, acompanhado pelo ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, a fábrica da Autoeuropa, em Palmela, tendo depois assistido à assinatura de uma declaração conjunta de intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do carro elétrico ID.EVERY1.
Num discurso nessa cerimónia de assinatura, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal dá esta terça-feira “um enorme passo no sentido do crescimento, da inovação, das exportações, da transição energética, da descarbonização, da competitividade”.
“Desafios todos em simultâneo e todos inevitavelmente destinados a serem vencedores”, frisou o Presidente da República.
Perante representantes do grupo alemão, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou “a visão” que o antigo primeiro-ministro e presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, teve quando, entre 1989 e 1991, negociou a construção da fábrica da Autoeuropa.
O Presidente da República sublinhou que essa visão tem sido “sistematicamente apoiada por todos os Governos, de direita e de esquerda, e por todos os Presidentes, de esquerda e de direita”, referindo que isso se viu também esta terça-feira, com a presença do ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, na cerimónia de assinatura.
“Isto é, por uma vez, e não foi a única, mas foi talvez das mais importantes, houve uma estratégia nacional prosseguida ao longo de décadas e que, agora, conhece um salto qualitativo muito apreciável”, referiu.
O chefe de Estado elogiou a presença de Castro Almeida nesta cerimónia, e o facto de ter sido o ministro a assinar a declaração com a Volkswagen, referindo que isso mostra que o Governo compreende “o significado estratégico do passo dado por este grupo para construir um Portugal com mais crescimento, com mais competitividade, com mais exportações e, portanto, com mais sucesso económico e social”.
“Sem esta visão e este comprometimento, a economia e a sociedade portuguesa seriam muito diferentes”, frisou.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda uma palavra de “enorme reconhecimento” aos trabalhadores da Autoeuropa, considerando que, sem eles, a fábrica “não seria o que é hoje”.
“Eu recordo que muitas horas do mandato presidencial foram utilizadas ao serviço do país a tratar questões da Autoeuropa e a acompanhar essas questões económicas, financeiras e laborais”, referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os trabalhadores da Autoeuropa são “milhares de homens e mulheres, quase cinco mil hoje”, que tornaram possível o crescimento da indústria em Portugal.
“Souberam ultrapassar diferenças, tensões, conflitos e períodos de crise, seja internas, em Portugal, ou no mundo, ao mesmo tempo fazendo um significativo caminho de qualificação e valorização das suas competências”, elogiou.
O Governo e a Volkswagen assinaram esta terça-feira o acordo para a produção do novo automóvel elétrico ID.EVERY1 na Autoeuropa, em Palmela, distrito de Setúbal, afirmando que representa a confiança do grupo no país.
"O novo T-ROC e o compromisso com o ID.EVERY1 simbolizam muito mais do que apenas dois novos modelos, representam a confiança do Grupo Volskwagen em Portugal, representam também o apoio e a visão estratégica do Governo português e, acima de tudo, representam o trabalho notável que esta equipa aqui [em Palmela] tem feito", afirmou o diretor-geral e presidente do Conselho de gerência da Volkswagen Autoeuropa, Thomas Engel Gunther, na cerimónia de assinatura.
