Margem da oposição "próxima de zero", TAP ausente, Defesa sobe 23,2% e Saúde 1,5%. Tudo sobre o Orçamento do Estado, leia proposta na íntegra
A proposta de Orçamento do Estado para 2026 já é conhecida. Saiba aqui tudo sobre o documento e siga na TSF
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Também questionado pela TSF sobre a descida de IRC, o ministro das Finanças refere que essa é uma "proposta de lei própria que foi discutida e votada na generalidade a meio de setembro e desceu à especialidade".
"A proposta de lei prevê uma descida de um ponto percentual em 2026, mais um ponto percentual em 2027 e mais um ponto percentual em 2028, de forma a atingir os 17% em 2028", explica.
O custo de cada ponto percentual é de cerca de 300 milhões de euros, acrescenta.
O Governo estima uma subida dos encargos para 2026 com as parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias e ferroviárias, tendo em conta reequilíbrios financeiros, aumento de tráfego e o avanço da linha de alta velocidade, segundo a proposta de OE2026.
No relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) lê-se que, no caso das rodoviárias, para o ano de 2026 projeta-se um “incremento de encargos entre o presente Relatório para o Orçamento do Estado e o anterior exercício orçamental, projetando o Relatório do Orçamento do Estado para 2025, para o referido ano de 2026, um nível de encargos líquidos de 802 milhões de euros, o qual compara com uma projeção de 950 milhões de euros no presente exercício orçamental”.
Segundo o documento, ao nível dos encargos brutos, o incremento decorre do “acréscimo dos encargos estimados com as grandes reparações de pavimento, conforme as estimativas mais recentes disponibilizadas pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes”.
O Governo estima que as receitas com o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) subam 187 milhões de euros para 4.254 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 hoje apresentada.
"Este crescimento decorre do crescimento esperado no consumo privado", lê-se no documento
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, já tinha admitido "ajustamentos" no preço dos combustíveis, após uma carta da Comissão Europeia (CE) a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP.
Miranda Sarmento revela ainda que o Governo está a trabalhar numa "solução" que não encareça os preços da gasolina e do gasóleo, mas que permita cessar o desconto no imposto cobrado sobre os combustíveis (ISP), em vigor desde a guerra na Ucrânia. Por ser uma medida a prazo, fica fora da discussão deste OE.
Aponta, por isso, que o "único reparo" da Comissão Europeia é precisamente para que termine o desconto do ISP, uma crítica que faz desde 2023.
A proposta do Orçamento do Estado do Estado para 2026 prevê uma despesa de 3.771,9 milhões na Defesa Nacional, um aumento de 23,2% face ao valor orçamentado para este ano.
Na proposta orçamental hoje entregue na Assembleia da República o Governo prevê uma despesa total consolidada de 3.771,9 milhões de euros com a Defesa Nacional, um valor que, comparado com a despesa prevista fixada no Orçamento do Estado para 2025 (3.061,2 milhões de euros), representa um aumento de 706.8 milhões, mais 23,2%.
O relatório do OE apresentado pelo executivo PSD/CDS-PP apresenta, no entanto, uma estimativa de execução para 2025 de 3.284,9 milhões de euros, mais 223 milhões do que o previsto no OE em vigor. Em comparação com o valor investido este ano, o Governo prevê, para 2026, um aumento do investimento em Defesa de 14,8%.
Questionado pela TSF sobre a margem orçamental, Miranda Sarmento adianta que a previsão de superavit é de 0,1%.
"A Assembleia da República decidirá se quer manter o equilíbrio das contas públicas, não há margem para medidas adicionais. A proposta de lei já é do Parlamento e o Parlamento fará a discussão, as propostas de alteração e a votação que entender", considera.
Joaquim Miranda Sarmento assegura que o "fio condutor do Governo" tem sido separar o orçamento das políticas públicas, defendendo que isso permite "um escrutínio muito maior" da Assembleia da República-
"Desde o início, defendemos que a lei do orçamento não deve ter medidas de políticas. Foi assim que apresentamos a descida do IRS e IRC. Tem sido o fio condutor de separar o orçamento, e o orçamento deve ser a tradução financeira das receitas e despesas das decisões que o governo e parlamento tomam, das políticas públicas", garante, apontando que este modelo permite um "debate sério, profundo e informado".
O ministro assegura ainda que o Executivo está "empenhado em executar a totalidade do PRR", dando mais prioridade às subvenções do que aos empréstimos.
Questionado sobre a ausência da TAP do Orçamento do Estado, o ministro das Finanças responde que o encaixe com a venda de 49,9% da TAP não está na proposta para não condicionar as negociações.
"Estando a decorrer negociações, qualquer valor teria influência nas negociações e nós não o queremos fazer", disse.
Questionado sobre a revisão em baixa do crescimento da economia, o ministro das Finanças refere que o primeiro trimestre deste ano sofreu "alguns fatores pontuais e excecionais".
"A melhor estimativa que temos é os 2% para este ano", referiu.
Sobre a habitação, Miranda Sarmento adianta que serão "diplomas próprios que irão ao Parlamento" e que "o impacto orçamental será sentido a partir de 2027.
A verba para a segurança interna vai aumentar 11,3% no próximo ano, totalizando 3,16 mil milhões de euros, e a maior fatia vai para os salários nas polícias, indica a proposta de Orçamento do Estado para 2026.
"O programa orçamental da Segurança Interna apresenta, no orçamento para 2026, um total de 3.198,6 milhões de euros de previsão de receita total consolidada e de 3.162,7 milhões de euros de dotação de despesa total consolidada, representando um acréscimo de 11,3% face à estimativa de execução até final de 2025", refere o documento hoje entregue na Assembleia da República.
A proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) sublinha que as despesas com o pessoal representam 74,4% da despesa total consolidada, com 2.352,9 milhões de euros de dotação, destacando-se a estrutura da massa salarial da Guarda Nacional Republicana, com 1,16 mil milhões de euros, e a Polícia de Segurança Pública, com 1,12 mil milhões de euros.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE )contará com uma verba de 485,4 milhões de euros em 2026, mais 10,7% do que a despesa estimada este ano, indica a proposta do Orçamento do Estado, hoje entregue no parlamento.
De acordo com o relatório que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2026), a despesa total estimada para 2025 no capítulo da Representação Externa é de 438,5 milhões de euros.
Quase metade da despesa para 2026 é dedicada a encargos com o pessoal (234,3 milhões de euros), enquanto 128,8 milhões de euros se destina a transferências correntes, com destaque para a dotação específica de contribuições e quotizações para organizações internacionais (67 milhões de euros) e transferências para o Camões --- Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.
Está ainda prevista uma transferência, das Finanças para o MNE, de 1,7 milhões de euros, destinada à candidatura de Portugal a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas no biénio 2027-2028, de acordo com a proposta do Governo.
"A política externa portuguesa procurará conjugar continuidade e ambição, assegurando uma atuação coerente e eficaz em face dos desafios e oportunidades do atual contexto internacional", perante a "mudança geopolítica mais significativa dos últimos 80 anos", refere o relatório do OE2026.
O Governo adianta que está a trabalhar numa solução que permita acabar com o desconto no ISP sem fazer subir os preços.
Miranda Sarmento recorda que Bruxelas tem feito críticas desde 2023, para o que o país termine com o desconto do ISP.
“Estamos a trabalhar numa solução que permita não encarecer os preços, aproveitando os mercados de baixo preço”, disse, sublinhando que por ser uma solução a prazo fica fora deste Orçamento.
Miranda Sarmento diz que a "margem é próxima de zero" se o país não quiser voltar a entrar em défice. E lembra que o PRR é uma grande ajuda.
Relativamente às projeções do Conselho de Finanças Públicas (CFP), que são diferentes das do Governo, Miranda Sarmento diz que tem "respeito" pelo CFP e também pela UTAO.
“Ao contrário dos meus antecessores, posso discordar destas entidades, mas não as crítico, nem as ataco”, atirou.
O CFP tem “um mandato de prudência”, referiu, acrescentando que as previsões são de 22 de setembro e, no dia seguinte, o INE reviu os dados anteriores, por isso, as projeções do PIB partem de um ano que foi revisto em 4,2 mil milhões.
Sobre as cativações, até este ano, havia reservas setoriais sobre determinadas despesas e entidades excluídas. Em 2025, o Governo deu mais flexibilidade aos ministérios para determinarem a qualquer momento que entidades não estariam sujeitas.
Para 2026, explica Miranda Sarmento, em vez de o Governo definir percentagens cativas em determinadas despesas, há uma reserva de 5% em cada ministério para casos de necessidades.
O ministro das Finanças afirma que Portugal precisa de um "equilíbrio na imigração", reconhecendo que Portugal precisa de "mão de obra em todos os setores". Joaquim Miranda Sarmento defende, contudo, que estes trabalhadores devem ser "qualificados", mas ressalva que isso não implica necessariamente a existência de um grau académico.
"Um bom eletricista ou mecânico tem boas qualificações para áreas onde precisamos muito", esclarece.
Afirma ainda que a aprovação da lei de estrangeiros foi um passo "fundamental" para garantir que os imigrantes chegam com "condições" para ajudar a fazer de Portugal "um país melhor" e critica os anos de "absoluto descontrolo".
"O trabalho está agora a ser feito de forma extraordinária", assinala.
Sobre a despesa corrente primária, afirma que é possível observar uma "estabilização", excluindo o efeito temporário do PRR bem como fiscais.
Aponta ainda que a atualização do IRS é feita de acordo com a lei, para justificar o facto de a atualização não ter sido feita a 4,6%, como inicialmente previsto. Garante ainda que quem tem um aumento acima de 3,5% "terá um desagravamento fiscal", por via da redução das taxas.
Sobre se admite continuar com a isenção da comissão de reembolso antecipado nos créditos, Miranda Sarmento afirma que essa é uma decisão do Governo.
O patamar de isenção de IRS em 2026 para quem tem rendimentos mais baixos vai depender do IAS do próximo ano, mas, para já, a proposta orçamental assegura que este referencial abrangerá, pelo menos, o novo salário mínimo, de 920 euros.
A atualização do mínimo de existência no IRS inscrita pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), entregue hoje no parlamento, prevê que o referencial de isenção da tributação corresponderá "ao maior valor entre 12.880 euros e 1,5 × 14 × IAS [Indexante dos Apoios Sociais]".
As receitas destinadas à educação aumentam mais de 324 milhões no próximo ano, passando os 7,54 mil milhões de euros, e o ensino superior e ciência quase mais 300 milhões, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026.
A proposta de OE2026 entregue hoje no parlamento prevê um aumento de verbas de mais de 600 milhões para as áreas tutelada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
No caso da Educação, o Governo prevê gastar mais 324,5 milhões de euros, uma vez que a dotação de receita e despesa total consolidadas para o próximo ano será de 7.543,1 milhões de euros (mais 4,5% do que este ano).
Também as verbas destinadas ao ensino superior, ciência e inovação aumentam 8,2%, tal como já tinha sido anunciado pelo ministro Fernando Alexandre.
O Governo estima que as receitas dos impostos sobre o tabaco e as bebidas com álcool subirão cerca de 80 milhões de euros, totalizando 1.993 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado hoje apresentada.
O imposto sobre o consumo de tabaco deverá render 1.676 milhões de euros no próximo ano, mais 72 milhões de euros (4,4%) face a 2025, o que o Governo justifica com o "crescimento esperado no consumo privado".
Já o imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou edulcorantes (IABA) deverá render 317 milhões de euros, mais oito milhões de euros (2,5%), argumentando o executivo com a "tendência observada em 2025".
O ministro de Estado e das Finanças entregou hoje ao presidente da Assembleia da República a proposta de OE2026, a segunda elaborada por Governos PSD/CDS liderados por Luís Montenegro.
Cada ministério tem agora uma "reserva" para que cada ministro possa usar em função das prioridades individuais. Miranda Sarmento defende que o Executivo "alterou o paradigma orçamental", sendo que este é o primeiro ano de orçamentação de ministérios por programas, o que permite controlar melhor as despesas.
Esta, diz, é uma matéria discutida há vários anos.
O ministro considera que o processo orçamental é "anacrónico" e, por isso, o Governo tem procurado que o Orçamento seja "mais simples e transparente".
Governo vai aprovar decreto de lei de simplificação da gestão financeira e patrimonial até final de outubro.
A área do ambiente e energia tem para o próximo ano quase 2,5 mil milhões de euros, um aumento de 4,9% em relação às estimativas de 2025, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
O documento hoje apresentado pelo Governo indica no orçamento do Ministério do Ambiente e Energia para 2026 uma dotação de despesa total consolidada de 2.495,3 milhões de euros, o que excede em 4,9% a estimativa deste ano.
A despesa efetiva consolidada é de 2445,3 milhões de euros, excedendo em 13,2% a estimativa de 2025.
A receita total consolidada para 2026 cifra-se em 2.510,5 milhões de euros.
A despesa total consolidada na área da Cultura, prevista pelo Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), vai ser de 638,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 21,9% face à estimativa de 2025.
"O Programa Orçamental Cultura evidencia, no orçamento para 2026, uma dotação de despesa total consolidada de 638,1 milhões de euros, superior à estimativa de 2025 em 21,9%, e uma despesa efetiva consolidada de 625,8 milhões de euros", refere a proposta do OE2026 entregue hoje no parlamento.
Agradecendo à equipa que participou na realização do OE2026, que até foi entregue um dia antes do esperado, o ministro das Finanças começa a apresentação do documento.
Começa a enumeração de dados, como o crescimento económico que em 2025 é de 2% e no próximo ano será de 2,3%.
Fala ainda do efeito do PRR.
E a dívida pública deve fixar-se nos 87,8% do PIB em 2026.
A proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) prevê que parte da contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) seja revogada, nomeadamente para o subsetor do gás natural.
De acordo com a proposta entregue hoje no parlamento, o Governo avança com propostas de alteração do regime desta contribuição criada em 2014 pelo governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, na altura com caráter temporário.
A taxa de desemprego será de 6,1% em 2025 e 6% em 2026, segundo as previsões do Governo inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2026 entregue hoje no parlamento.
Este número representa uma queda face à taxa de desemprego de 6,4% registada em 2024.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, salientou na conferência de imprensa de apresentação do documento, em Lisboa, que "a economia tem sido caracterizada por uma fortíssima criação de emprego", pelo que se espera uma taxa de desemprego em torno dos 6% este ano e no próximo.
O Governo elimina o imposto adicional de solidariedade sobre a banca em 2026, após ter sido declarado inconstitucional, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
A proposta de lei hoje apresentada inclui em norma revogatória o regime do adicional de solidariedade sobre o setor bancário.
Ou seja, o Governo elimina no próximo ano este imposto extraordinário sobre a banca depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter considerado este ano inconstitucionais normas do regime, por considerar que violam entre outros o princípio da igualdade tributária e da capacidade tributária.
A Saúde vai dispor no próximo ano de mais de 17 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 1,5% em relação aos valores estimados para 2025, indica a proposta do Orçamento do Estado para 2026.
"O Programa Orçamental da Saúde evidencia, no Orçamento de 2026, uma dotação de despesa total consolidada de 17.300 milhões de euros e uma despesa efetiva consolidada de 17.236 milhões de euros. A receita total consolidada para 2026 cifra-se em 18.207 milhões de euros", refere o documento hoje entregue no parlamento, um dia antes do prazo limite.
O plano de reestruturação da Lusa deverá ter um orçamento de oito milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), que prevê ainda 20 milhões de euros para a reorganização da RTP.
No total, são 45 milhões de euros em subsídios e indemnizações compensatórias para a comunicação social, 20,0 milhões de euros para o plano de reorganização e modernização da RTP, 17,0 milhões de euros para o plano de ação da comunicação social e oito milhões de euros para o plano de reestruturação da Lusa.
O Governo estima que a dívida pública desça para 90,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e para 87,8% em 2026, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
É uma queda do rácio da dívida de 3,3 pontos percentuais (p.p.) este ano e de 2,4 p.p. em 2026.
A contribuição para o audiovisual volta a não ser atualizada na proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE).
"Em 2026 não são atualizados os valores mensais previstos nos nºs 1 e 2 do artigo 4.º da Lei n.º 30/2003, de 22 de agosto, na sua redação atual, que aprova o modelo de financiamento do serviço público de radiodifusão e de televisão", lê-se na proposta de lei.
A contribuição para o audiovisual (CAV) é paga pelos consumidores na fatura de energia e destina-se a financiar o serviço público de radiodifusão e de televisão. Tem um valor fixo mensal de 2,85 euros mais IVA.
O Governo assume como meta que o salário mínimo nacional suba para 920 euros em 2026, tal como previsto no acordo assinado em concertação social, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
"Ao mesmo tempo, o XXV Governo impulsionará o crescimento dos salários, seguindo a trajetória iniciada pelo anterior de aumento do salário mínimo até aos 1100 euros no final da legislatura - este ano (2026), com um aumento de 50 euros mensais, para os 920 euros - e de valorização de carreiras da Administração Pública", aponta o documento.
O Governo prevê que a economia cresça 2% este ano e 2,3% em 2026, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
O Governo prevê um excedente de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 0,1% no próximo, segundo as projeções inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2026.
As operações para garantir a execução do Portugal 2030 e o encerramento do Portugal 2020 devem ser regularizadas até ao final de 2027, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
"As operações específicas do Tesouro efetuadas para garantir a execução do Portugal 2030, o encerramento do Portugal 2020, dos Quadros Financeiros Plurianuais de 2014- 2020 e 2021-2028 para a área dos assuntos internos, o financiamento da Política Agrícola Comum (PAC) e da Política Comum das Pescas, incluindo iniciativas europeias e Fundo de Coesão (FC), dos programas de cooperação territorial europeia, do FEAC, dos instrumentos financeiros enquadrados no Next Generation EU, [...] devem ser regularizadas, no máximo, até ao final do exercício orçamental de 2027", lê-se no documento.
Foi assim fixado um limite de 3.600.000.000 euros no que se refere aos programas cofinanciados pelo FEDER -- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, FSE e FSE + -- Fundo Social Europeu, Fundo de Coesão, FEAC -- Fundo Europeu de Apoio a Carenciados, enquadrados no Next Generation EU, como o REACT-EU, PRR -- Plano de Recuperação e Resiliência e FSJ.
O IRS vai voltar a baixar no próximo ano, com uma redução das taxas do 2.º ao 5.º escalão em 0,3 pontos percentuais, como previsto, confirma a proposta orçamental entregue hoje no parlamento.
A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) inclui um desagravamento em linha como o que ficou previsto na lei do parlamento de julho, de haver uma nova descida das taxas em 0,3 pontos percentuais em quatro degraus de rendimento.
A taxa do primeiro escalão não sofre alterações.
A receita do ISP -- Imposto sobre os produtos petrolíferos cobrada sobre o gasóleo colorido e marcado é consignada, até ao máximo de 10 milhões de euros, ao financiamento da contrapartida de alguns programas comunitários.
"A receita do ISP cobrado sobre gasóleo colorido e marcado é consignada, até ao montante de 10.000.000 euros ao financiamento da contrapartida nacional dos programas PDR [Programa de Desenvolvimento Rural] 2020, PEPAC [Programa Estratégico da Política Agrícola Comum] 23.27, MAR 2020 e MAR 2030", lê-se na proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
A consignação é dirigida, preferencialmente, ao apoio à agricultura e à pesca tradicional e costeira.
O Governo decidiu atribuir um subsídio de 0,062 euros por litro aos agricultores familiares, pequena agricultura e pesca artesanal e costeira, que utilizem gasóleo colorido e marcado, com um consumo anual de até 2000 litros.
"Os pequenos agricultores, os detentores do estatuto de agricultura familiar, os pequenos aquicultores e a pequena pesca artesanal e costeira, que utilizem gasóleo colorido e marcado com um consumo anual até 2000 litros, têm direito a um subsídio de Euro 0,062 por litro daquele combustível utilizado na respetiva atividade", lê-se no documento.
A este subsídio acrescem 0,042 euros por litro para os pequenos agricultores que tenham o estatuto de agricultura familiar.
Os prémios de produtividade ou desempenho que as empresas paguem aos trabalhadores vão continuar isentos de IRS e TSU no próximo ano, mediante as mesmas condições, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
Esta medida foi introduzida no Orçamento do Estado deste ano e vai continuar a vigorar em 2026, segundo o documento entregue hoje pelo Governo na Assembleia da República.
A proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) prevê uma atualização de 2% dos escalões do IMT, aumentando em cerca de 6.500 euros, para cerca de 330,5 mil euros, o valor de casa isento de imposto para os jovens.
O escalão seguinte ainda abrangido pelo IMT Jovem, e ao qual é aplicada uma taxa de 8%, avança, por seu lado, dos 648.022 euros para 660.982 euros, segundo a proposta orçamental entregue no parlamento.
LEIA AQUI O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA
A proposta de Orçamento do Estado para 2026 já foi entregue pelo ministro das Finanças ao presidente da Assembleia da República, a segunda elaborada por governos PSD/CDS liderados pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Este ano, a proposta de Orçamento do Governo entrou no parlamento um dia antes do prazo limite (sexta-feira, 10 de outubro), o que será inédito pelo menos tendo em conta as últimas duas décadas, e três dias antes das eleições autárquicas de domingo.
Joaquim Miranda Sarmento chegou ao parlamento pelas 12:00, acompanhado pela sua equipa de secretários de Estado do Ministério das Finanças e pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, e foi logo a seguir recebido por José Pedro Aguiar-Branco.
Após a entrega formal da proposta de Orçamento na Assembleia da República, o ministro de Estado e das Finanças vai apresentar o documento em conferência de imprensa, pelas 13h15 horas.
O debate na generalidade da proposta de Orçamento para 2026, no parlamento, vai realizar-se dias 27 e 28 de outubro. Já o processo na especialidade do orçamento, em plenário, inicia-se no dia 20 de novembro, e a votação final global está prevista para 27 de novembro.
O ministro das Finanças já chegou à Assembleia da República e traz na mão a proposta para o OE2026.
O Governo entrega esta quinta-feira a sua proposta de Orçamento do Estado para 2026 no Parlamento, um dia antes do prazo limite e sem que existam sinais de potencial crise política provocada por um chumbo do documento.
A segunda proposta de Governos PSD/CDS liderados por Luís Montenegro chega à Assembleia da República três dias antes das autárquicas de domingo, com os partidos envolvidos numa disputa eleitoral. Uma conjuntura que, em princípio, seria pouco propensa a consensos.
