A antiga ministra das Finanças responde a acusação de que terá deixado "um buraco de 800 milhões de euros", dizendo que "não ter em conta aquilo que é a política fiscal conhecida, só pode ser sinal de incompetência".
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Ontem, o ministro das Finanças deu a entender que o processo de elaboração do Orçamento para 2016 pode ter sido "complicado" por decisões do anterior governo. Em causa está "um buraco de 800 milhões de euros na receita fiscal provocado por medidas tomadas em 2015".
Numa curta declaração, sem direito a perguntas, Maria Luís Albuquerque disse que as alterações de política fiscal "têm efeito no ano em que são introduzidas e nos anos seguintes" mas que a política fiscal é" transparente".
Por isso, sendo os efeitos "conhecidos", considera que "só pode ser sinal de incompetência" de quem disse que tinha um cenário macroeconómico, "com todas as previsões".
Maria Luís estranha ainda a acusação de que o anterior governo tenha propositadamente remetido efeitos da política fiscal para 2016 porque, diz, o PSD "venceu as eleições e tinha legitima expectativa de governar".
A antiga titular das Finanças lamenta "profundamente " que se tenha tornado "um hábito" que o atual governo invoque como "desculpa" aquilo que vem de trás".