O primeiro-ministro italiano declarou que vai abdicar do seu salário de primeiro-ministro e de ministro das Finanças, ao anunciar ao país a adopção de um novo plano de austeridade.
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«No momento em que exigimos sacrifícios a todos os cidadãos, parece-me ser meu dever renunciar ao meu salário», afirmou Monti numa conferência de imprensa, citado pela agência France Presse.
O governo de Monti adoptou hoje um novo plano de austeridade para combater a crise da dívida soberana, estimado em 24 mil milhões de euros, adianta a imprensa italiana.
As medidas serão duras porque o país atravessa uma «crise gravíssima», classificou o primeiro-ministro italiano, sublinhando que é uma hora crucial na história do país.
«É um momento no qual a Itália arrisca manchar a sua reputação, contribuindo para o rumo da economia europeia e da zona euro. Mas é também o momento em que a Itália pode mostrar que é um grande país capaz de encontrar a força para resolver no quadro europeu soluções para este problema», defendeu.
O caminho, apontou Mario Monti, passa por sacrifícios que terão de ser repartidos por todos.
«Precisamos de distribuir os sacrifícios, mas também tivemos especial atenção para distribui-los de forma justa. Tomámos medidas significativas contra a evasão fiscal, uma questão que tem sido prometida no passado e que nunca teve os desenvolvimentos que devia ter tido, e também nos submetemos a uma disciplina de emagrecimento», referiu Monti.
O primeiro-ministro italiano falou num momento histórico, apelando ao patriotismo. Monti quer uma Itália que se orgulhe de ser Itália.