O governo italiano garante que está tudo bem, mas os juros não páram de subir. Itália está dividida entre a confiança do discurso político e a desconfiança dos mercados.
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Mário Monti diz estar tranquilo. O primeiro-ministro italiano, esta manhã no Parlamento, garantiu que está sereno nesta fase crucial para o país e reafirmou que Itália não vai precisar de ajuda externa. Monti mostrou-se confiante porque o país tem um défice público e uma taxa de desemprego abaixo da média.
As declarações de Mário Monti foram feitas na altura em que o tesouro italiano estava a financiar-se nos mercados. O total de dívida a 1 ano foi vendida, 6,5 mil milhões de euros, com uma procura robusta, mas com os juros a dispararem. Hoje Itália pagou uma taxa média de 3,9%. Na última emissão o juro tinha sido 3,2%.
Na Alemanha, a situação de Itália é seguida com atenção. O ministro alemão das Finanças considera que o país não está em perigo se as reformas estruturais, lançadas no início do ano, continuarem a ser aplicadas.