Olli Rehn tentou acalmar os mercados que «não reagiram como esperava» às decisões dos lideres do Euro, dizendo que as medidas adoptadas na Cimeira de 21 de Julho estarão concluídas «em semanas».
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Num tom dramático, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários pediu, esta sexta-feira em Bruxelas, rapidez aos Estados para acelerarem o processo de ratificação das decisões adoptadas na cimeira da Zona Euro, justificando a demora na adopção dessas medidas com «o preço a pagar por vivermos em democracia».
Para Olli Rehn, os mercados «não reagiram como esperado» ao sinal político dado na Cimeira do Euro, na qual os lideres concordaram em aceitar propostas que tornem mais eficaz o fundo de socorro às economias frágeis dos países da moeda única.
O comissário entende que as decisões políticas devem avançar com «carácter de urgência». «Peritos dos Estados-Membros, apoiados por meus serviços da DG ECFIN, bem como pelo BCE e do Fundo Europeu de Estabilização financeira», estão a trabalhar «dia e noite» para estruturar o acordo de 21 de Julho, disse.
Numa conferência de imprensa na Comissão Europeia, Rehn afirmou que estão a realizar-se reuniões e teleconferências «com muita frequência» e as medidas serão tratadas «como uma questão de urgência».
«Estamos a falar aqui numa questão de semanas, não meses», acrescentou o comissário, considerando que os trabalhos técnico e político devem estar «finalizados no início de Setembro», acrescentou.
«Existem diferentes procedimentos para a ratificação em toda a Europa e esperamos que todos os Estados-membros da Zona Euro façam o que é esperado» para atender a este horizonte temporal, concluiu o comissário.