Medidas de combate à fraude nos estágios não devem servir de "arma de arremesso"
O movimento Precários Inflexíveis alerta para os riscos de certas medidas de combate à fraude nos estágios profissionais que o IEFP quer implementar.
Corpo do artigo
Os Precários Inflexíveis esperam que as medidas de combate às situações de fraude que, alegadamente, existem em estágios profissionais financiados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não se virem contra estes trabalhadores.
O Instituto do Emprego e Formação Profissional quer que o pagamento das bolsas só seja efetuado caso os estagiários confirmem que o contrato está a ser cumprido. Ouvido pela TSF, Adriano Campos dirigente do movimento avisa que a medida pode representar alguns riscos e espera que não sirva de "arma de arremesso".
Por seu turno, Vitalino Canas, Provedor do Trabalhador Temporário, admite pressão mas considera que dar mais protagonismo aos estagiários pode ser uma solução para combater eventuais ilegalidades.
A TSF noticiou quarta-feira que o Ministério Público está a investigar denúncias relacionadas com alegadas fraudes em estágios profissionais financiados pelo IEFP. Uma auditoria aos serviços do IEFP recomenda, entre outras medidas, que o pagamento das bolsas aos empregadores fique dependente do aval dado pelo estagiário que será ouvido num inquérito sobre o grau de cumprimento do contrato estabelecido.