O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer que a meia hora a mais de trabalho no sector privado possa ser gerida pela empresa através de um bolsa de horas.
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«Esta meia hora deve constituir uma alteração no período normal de trabalho semanal e anual para que as empresas possam utilizar esse banco de horas de acordo com as necessidades», defendeu António Saraiva à margem de uma conferência do Diário Económico, em Lisboa.
O responsável da CIP exemplificou que uma empresa que actualmente não tem trabalho em Março pode voltar a ter. Neste sentido, considerou, é positivo ter uma bolsa de horas em «reserva».
«Ao contrário daquilo que por vezes se tenta fazer passar», as empresas não pensam usar esta meia hora a mais para «reduzir o volume de emprego», até porque «há uma função social da qual as empresas não se demitem», garantiu.
António Saraiva reafirmou ainda o pedido de um plano de emergência para a economia portuguesa.
«Estamos em regressão e a gerar perdas significativas na actividade económica» o que gera desemprego, alertou o presidente da CIP.
«Ou temos aqui um plano de emergência com financiamento da nossa economia ou receio que o volume de desemprego ultrapasse o que está previsto», 13,4 por cento, sublinhou.