A produção nacional de mel sofreu este ano uma quebra de 30 por cento, sendo a região do Algarve, a maior produtora nacional, a mais afetada com perdas quase totais em algumas zonas.
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Os dados foram avançados hoje pelo presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), Manuel Gonçalves, em Bragança, na Feira do Mel de Trás-os-Montes, onde alguns apicultores classificaram 2012 como «um ano péssimo e atípico».
A seca e o frio tardio na primavera são apontados como os causadores do declínio da produção nacional de mel que em algumas zonas do Algarve registou quebras na ordem dos 80 por cento, segundo avançou o presidente da FNAP.
Manuel Gonçalves explicou que as zonas mais baixas foram as mais afetadas, com metade da produção perdida, em média, enquanto nas zonas de montanha se regista «uma produção normal».
Contas feitas, a federação estima um «impacto a nível nacional na produção global com quebras de 30 por cento».
«É um mau ano de produção apícola e muito mau para os apicultores das zonas onde a predominância da floração é rosmaninho», afirmou Manuel Gonçalves.
A produção média anual de mel ronda as 10.800 toneladas, que representam um negócio superior a 29 milhões de euros em que a procura é superior à oferta.
A federação tem registadas, em Portugal, 600 mil colmeias de 17 mil apicultores, mil dos quais profissionais que vivem exclusivamente desta atividade e detém 40 por cento do total das colmeias nacionais.