
Metro de Lisboa
Global Imagens/Vítor Rios
A circulação do metro de Lisboa está suspensa entre as 6h30 e as 10h30 desta terça-feira. O Governo diz que esta greve parcial vai representar um custo superior a 200 mil euros.
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Os funcionários do metro dizem que se trata de um protesto em defesa dos seus postos de trabalho. Em causa estão reduções salariais, os cortes nos subsídios de férias e de Natal, o não-pagamento dos dias feriado, a taxa de solidariedade e a redução das horas extraordinárias, entre outros.
Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), garantiu esta manhã à TSF que «se não houver nenhuma atitude diferente por parte deste conselho de administração para dialogar e encontrar as melhores soluções para resolver os problemas dos trabalhadores, certamente que irão continuar as formas de luta».
O Metropolitano de Lisboa já confirmou que as estações estão todas encerradas, prevendo-se que a circulação de comboios se inicie a partir das 10h30.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse à Lusa que esta greve parcial tem um impacto superior a 200 mil euros nas receitas da empresa.
O responsável comparou o custo deste protesto com o das celebrações dos 53 anos do Metro Lisboa, que decorreram a semana passada, e que de acordo com a empresa se ficaram pelos 16 euros.
«Quem num dia de festa, que pretendia homenagear trabalhadores, se insurgiu com um custo de 16 euros tem uma semana depois uma atitude que, sendo respeitável, tem um impacto na receita de 200 mil euros e que é muito mais prejudicial do que o que contestaram na semana passada», afirmou o secretário de Estado dos Transportes.
A semana passada, Sérgio Monteiro fez um apelo aos trabalhadores das empresas públicas de transporte para acabarem com as greves, afirmando que paralisações só aceleram a concessão daquelas empresas a privados.