Na Faculdade de Economia do Porto, Miguel Cadilhe considerou que estas mexidas não serão a «melhor solução» e que seria melhor um «mix de políticas económicas».
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O economista Miguel Cadilhe considerou que a baixa das contribuições das empresas e subida da contribuição dos trabalhadores na Taxa Social Única é um «choque» não recomendável.
Comentado esta medida do Governo, este ex-ministro das Finanças considerou que esta não será a «melhor solução» e que tudo se poderia resolver com um «mix de políticas económicas».
«Já houve algumas sugestões e suponho que não faltarão boas hipóteses para ao Governo ponderar. Também é preciso um pouco de gradualismo e não é um choque deste género que nestas circunstâncias seja recomendável», lembrou.
Na Faculdade de Economia do Porto, Cadilhe considerou ainda que o «país não entende» as divergências entre PSD e CDS, que «têm o dever de se entender», algo que este ex-ministro acredita que vão conseguir.
«Não foi um bom episódio da coligação e não é uma história para contar. Têm de ultrapassar isto e mostrar ao país que a coligação tem sentido de equilíbrio e tem a coragem política para chegar às boas soluções», acrescentou.
Este ex-ministro lembrou ainda que o «papel do Presidente da República nestas circunstâncias é de tentar reconciliar os antagonismos e mostrar que o caminho do equilíbrio, bom senso e gradualismo é o caminho que a coligação tem de seguir».