
Global Imagens/Ricardo Júnior
Para Miguel Cadilhe instituições como o Banco de Portugal, Procuradoria-Geral da República e até Parlamento falharam na vigilância, por isso é que o país está deplorável.
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Miguel Cadilhe aponta o dedo ao Banco de Portugal, à Procuradoria-Geral da República, às entidades reguladoras e até Parlamento. Na opinião do antigo ministro das Finanças, as instituições públicas que fazem a vigilância dos actos políticos falharam. Para Miguel Cadilhe, «a classe política é irremediável, mas as falhas são de todos e colocaram Portugal num estado verdadeiramente deplorável».
Miguel Cadilhe participou, esta manhã, numa conferência no Porto, organizada pela Associação Portuguesa de Seguradores. O tema era a poupança. Sobre este capítulo, Cadilhe não alterou o tom e afirmou a «necessidade de realizar uma reforma profunda das funções do Estado para acabar com com essa vergonha dos quase sistematicamente défices públicos».
Para inverter este ciclo, Miguel Cadilhe exortou o governo a arrancar rapidamente com as reformas estruturais. Afinal, fazem parte do memorando assinado com a troika, mas continuam ausentes. Para Cadilhe «este Governo está em funções há sete meses e estou à espera que apareçam verdadeiras reformas estruturais importantes».