Millenium BCP lucrou mais 8,7% nos nove meses "mais complexos do que o previsto"

O CEO do Millenium BCP, Miguel Maya, destacou a resiliência do banco perante a continuação do elevado nível de incerteza internacional marcada ainda por duas guerras. Na apresentação de resultados, Miguel Maya afirmou mesmo: "Foram nove meses complexos num enquadramento mais complexo do que tínhamos antecipado." Mesmo assim, em Portugal, o crédito de clientes aumentou 7,2%, mais 2,9 mil milhões de euros e os recursos totais de clientes aumentaram 6,3%.

Desagregando valores, o crescimento do crédito a particulares representa 2%. No crédito de habitação, o banco garante que ganhou quota de mercado, ao crescer neste segmento 9,7% e no crédito a empresas mais 6%. Miguel Maya sublinhou: "Estamos a falar de um crescimento bastante relevante: no crédito à habitação mais de 1,9 mil milhões de euros, e nas empresas de mais de 1 milhão de euros."

Para o líder do Millenium BCP, os rácios de capital do banco estão muito sólidos e numa posição muito robusta, 15,9% de capital total, com 19,9%, incorporando já os efeitos decorrentes da CRR3 e "rácios de capital confortavelmente acima dos requeridos e que incluem também a reserva de conservação, a reserva da OZI, reserva contracíclica e a reserva de risco sistémico setorial, logo, uma posição de capital muitíssimo robusta e muitíssimo sólida para alicerçar aquilo que é o plano de crescimento banco".

Miguel Maya reforçou, várias vezes, a ideia de que mesmo perante um contexto mais difícil, o banco teve uma evolução muito consistente, muito alinhada com aquilo que eram as suas projeções, apesar do enquadramento mais complicado do que o estimado.

Realçou ainda: "Em termos de volume de negócios, estamos nos 171 mil milhões de euros e perspetivamos chegar a superar os 190 no final de 2028."