Ministra das Finanças diz que o importante é salvaguardar "estabilidade do sistema financeiro"

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Maria Luís Albuquerque considera que esse é um fator que não pode ser posto em causa na venda do da instituição.
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A ministra das Finanças comenta assim a decisão do Banco de Portugal de adiar a venda do Novo Banco, confirmada esta terça-feira.
"Aquilo que é importante é que se encontre um acionista sólido, de referência para o Novo Banco, que possa ser o dono do banco e conduzi-lo num processo de crescimento para o futuro. Muito já foi conseguido de facto em recuperação de confiança dos clientes do Novo Banco, mas esse objetivo tem também de salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro porque, como sabem, os custos da resolução são suportados pelo sistema financeiro. Portanto, é importante que esses custos não sejam excessivos e que não tenham qualquer impacto negativo para o sistema".
Em comunicado, o Banco de Portugal (BdP) esclarece que o Conselho de Administração "optou por interromper o processo de venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco, iniciado em 2014, e concluir o procedimento em curso sem aceitar qualquer das três propostas vinculativas. O Conselho de Administração considera que os termos e as condições das três propostas vinculativas não são satisfatórios e que o processo foi condicionado por importantes fatores de incerteza".