Em declarações, esta manhã, à TSF, a ministra Assunção Cristas confirmou e explicou a decisão do Governo de extinguir a empresa Parque Expo.
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O Executivo vai extinguir a empresa Parque Expo e distribuir as empresas e projectos da holding por entidades públicas e privadas.
Na TSF, a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, explicou os motivos desta decisão.
«O principal motivo é reconduzir à razão inicial da Parque Expo, que existiu para urbanizar aquela zona de Lisboa com vista à exposição de 1998. Temos aqui um exemplo de uma estrutura que nasce para um fim e que depois se vai eternizando, vai ganhando novas competências, vai-se mantendo com estruturas pesadas que já não se justificam, quando olhamos para aquilo que devem ser as funções do Estado», justificou.
Esta decisão vai implicar a manutenção do Oceanário de Lisboa na esfera pública, mas também a venda do Pavilhão Atlântico, outro dos símbolos da Expo 98.
«Não faz sentido que o Pavilhão Atlântico seja uma estrutura do Estado, faz sentido vendê-lo e fazer dinheiro com isso. Há situações diferentes. O Oceanário [de Lisboa], por exemplo, esse sim faz sentido ficar na esfera do Estado porque desempenha uma função notável do ponto de vista da investigação e pedagógico», afirmou Assunção Cristas.
«De facto não podemos manter estruturas que há muito tempo esgotaram a sua missão principal mas que vão permancendo e pesando na esfera do Estado», sublinhou.
Um dos projectos que estava a ser gerido pela Parque Expo era o Arco Ribeirinho do Sul, que pretendia requalificar antigos terrenos industriais da margem Sul do Tejo.
Mas, em tempos de crise, a ministra Assunção Cristas frisou a necessidade de repensar esses projectos.
«São projectos de grande dimensão que implicam várias décadas para estarem terminados. Acreditamos que este não é o momento para estar a manter uma estrutura quando não há ainda condições para poder proceder a esse tipo de projectos mais ambiciosos», realçou.
«A estrutura Arco Ribeirinho Sul será suspensa. Não quer dizer que não possam ser aproveitados os estudos já feitos e que, eventualmente, alguma coisa não possa avançar. Mas, seguramente, não é no âmbito daquela empresa criada para aquele efeito, que no nosso entender tem uma missão demasiado ambiciosa para estes tempos», acrescentou Assunção Cristas.