O ministro afirma que a avaliação de Bruxelas se deve “ao trabalho de 15 anos, desde a última crise”
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O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou esta quinta-feira que o Governo pretende “continuar a reduzir a dívida pública”, garantindo que “até 2028, não haverá défice; a meta é assegurar em todos os anos um excedente orçamental”.
“Temos de continuar a ter um equilíbrio orçamental nas nossas contas públicas e temos de continuar a reduzir a nossa dívida pública”, afirmou o ministro, à margem da reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo, salientando que a dívida “está a cerca de 100% do PIB e que, nos próximos quatro anos desta legislatura, temos de trazê-la para um valor próximo dos 80%”.
Garantindo que “o plano do Governo” é manter “as contas públicas equilibradas”, o ministro frisou que “o Governo tem como objetivo e como restrição um excedente orçamental este ano, no próximo e em todos os anos até 2028”.
Questionado acerca do impacto orçamental de medidas como a descida do IVA da eletricidade e o fim das portagens na ex-SCUT, o ministro prometeu falar “em breve”.
“O Parlamento tem aprovado medidas que não estão no programa de Governo. Nós falaremos sobre isso em breve”, afirmou, descartando para já qualquer outro comentário sobre as medidas que contaram com os votos favoráveis dos deputados do Partido Socialista e do Chega.
Sobre a avaliação de Bruxelas, que na quarta-feira saudou o desempenho económico “impressionante” de Portugal, após um período de crise, retirando o país do mecanismo de alerta por apresentar uma situação macroeconómica equilibrada, Miranda Sarmento declarou que o rumo é para ser mantido.
“Foi um trabalho de 15 anos, desde a última crise, que as famílias, as empresas e o Estado fizeram, e que nos dá perspetivas otimistas para o futuro”, afirmou.
“O Governo continuará empenhado em encetar as reformas estruturais que tem no seu programa, que permitam aumentar a produtividade e a competitividade da economia portuguesa e, com isso, ter mais crescimento económico e gerar mais riqueza para melhores salários e melhores serviços públicos”, prometeu o ministro das Finanças.