Montenegro recebe UGT para tentar salvar acordo de concertação social sobre mudança nas leis laborais

O primeiro-ministro, Luís Montenegro
Foto: Tiago Petinga/EPA
A ideia do primeiro-ministro, ao entrar na negociação, é alcançar um acordo, mesmo que não chegue a tempo de evitar a greve geral de dia 11 de dezembro
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai reunir-se esta quarta-feira com a UGT, assumindo a liderança das negociações para tentar que a central sindical assine o acordo de concertação social sobre as alterações às leis laborais.
A reunião está marcada para as 15h30, em São Bento. A ideia do chefe de Governo, ao entrar na negociação, é alcançar um acordo, mesmo que não chegue a tempo de evitar a greve geral de dia 11 de dezembro.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, também estará presente, tendo, na semana passada, considerado que esta reunião é "um encontro natural".
"O Governo atua articuladamente e, portanto, em qualquer momento pode haver uma reunião com o senhor primeiro-ministro ou, às vezes, até com outros ministros", afirmou a governante em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração da Residência Branco Rodrigues, um lar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Para a ministra, a audiência pedida pela UGT a Luís Montenegro, no âmbito das negociações sobre a reforma laboral, é "uma reunião perfeitamente natural no âmbito de um processo negocial que está a correr, embora neste momento sob a ameaça de uma greve geral".
Uma greve cuja "importância", enfatizou, não se "deve negar".
Sublinhando que o encontro "terá lugar juntamente com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social", Maria do Rosário Palma Ramalho frisou que o anteprojeto de reforma da legislação laboral "é uma proposta do Governo", no âmbito da qual o primeiro-ministro "intervém sempre que quiser".
A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral apresentado pelo Governo. Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da 'troika'.
