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A agência de notação financeira cortou hoje o rating atribuído aos dois fundos de resgate da União Europeia, em um nível cada um, uma decisão que surge depois da queda da nota de França.
Em comunicado hoje emitido, a Moody's afirma que baixou as notas do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Nos dois casos, o corte foi de Aaa para Aa1 e as perspetivas são «negativas», o que significa que a agência poderá efetuar novos cortes no curto prazo.
Além da degradação do corte recente da nota de França, para Aa1, a Moody's argumenta esta decisão com a «forte correlação», em termos de risco de crédito, dos principais apoios financeiros dos dois fundos de resgate.
«O risco e a notação do MES e do FEEF estão estreitamente ligados à dos seus principais apoios», explica a Moody's, referindo que França é o segundo país que mais contribui para os dois fundos.
A contribuição de Paris, que perdeu o triplo A a 19 de novembro, para o MES ascende aos 20,4%, logo atrás da de Berlim, cujo rating é AAA, que é de 27,1%.
A agência sublinha ainda que os dois fundos continuam com uma avaliação boa, uma vez que continuam a beneficiar de quantias importantes de capitais mobilizados pelos Estados contribuintes e dos ratings elevados destes Estados, cuja nota média é Aa1.
Em consequência desta decisão, a Moody's indica que os títulos de dívida emitidos pelo FEEF vão ser degradados em um nível, passando de Aaa para Aa1.