A agência de notação financeira Moody's baixou a rating de França em um nível, de "AAA" (o máximo) para "AA1", com perspectiva negativa, invocando os desafios estruturais que enfrenta a sua economia.
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A perspetiva negativa significa que a Moody's poderá baixar novamente, a médio prazo, a nota da dívida francesa.
A Moody's justifica o corte da nota máxima com as «perspetivas económicas de longo prazo» de França «afetadas de maneira negativa por múltiplos desafios estruturais», como a «perda de competitividade gradual, mas contínua», e a «rigidez dos mercados do trabalho, de bens e serviços».
Em comunicado, a agência realça as «perspetivas orçamentais incertas», face «à degradação das perspetivas económicas».
Para a Moody's, a capacidade de a França resistir a eventuais novos choques da Zona Euro «diminui».
A agência elogia o «forte compromisso em prol das reformas estruturais e da consolidação orçamental», mas estima que as medidas a favor das empresas, e anunciadas no início de novembro, «não deverão, por si só, ter a suficiente amplitude para restabelecer a competitividade».
O corte da nota máxima da dívida soberana francesa pela Moody's ocorre depois de uma outra agência de 'rating', a Standard and Poor's, ter feito o mesmo, no início do ano.
Notícia atualizada às 22h35