A agência de notação financeira colocou hoje a EDP e as suas subsidiárias, EDP Finance BV e a espanhola Hidroelectrica del Cantabrico, sob vigilância negativa mas manteve a classificação em "BAA1"/"Prime-2".
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A Moody's frisa que esta acção surge depois do corte no rating efectuado pela agência à República de Portugal de 'A3' para 'BAA1' (negativo) e admite «mais descidas» na classificação nacional.
«Isto reflecte a incapacidade da EDP para se distanciar totalmente da pressão no mercado de dívida para emissores portugueses e dos aspectos económicos e regulatórios, que se podem agravar como resultado das pressões sobre o rating soberano, embora não tenha havido impacto significativo sobre a EDP até à data», diz a nota da Moody's.
Segundo a agência, o rating actual da EDP reflecte o seu modelo de negócio, «historicamente bastante resiliente», a diversificação geográfica com cerca de 45 por cento do EBITDA proveniente de Portugal e a liquidez bastante robusta em 2013, com acesso a fontes de financiamento diversificadas, embora com uma exposição moderada aos bancos Portugueses.
Por outro lado, a Moody's reconhece um perfil alavancado no final de 2010, embora isso deva melhorar ao longo de 2011/2012, devido a uma redução do investimento operacional.
A Moody's frisa que vai ter em conta todos estes factores, nomeadamente os relacionados com a diversificação dos resultados da empresa e a esperada melhoria no perfil financeiro, afirmando que tal «poderia permitir à EDP ficar um ou dois níveis acima da República de Portugal», em caso da descida do rating soberano.