A agência de notação financeira Moody's cortou hoje o rating de 15 das maiores instituições financeiras mundiais, justificando a decisão com a exposição à economia europeia.
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Entre os pesos pesados da banca mundial a que a Moody's baixou a nota estão cinco instituições norte-americanas, três francesas, duas suíças, três britânicas, uma canadiana e uma alemã, de acordo com as agências internacionais.
Os bancos mais duramente afetados foram os norte-americanos Bank of America e o Citigroup, cujos "ratings" foram cortados para "Baa2", estando apenas dois níveis acima da categoria considerada como especulativa.
Os bancos franceses, por seu lado, viram a nota baixar em dois níveis no caso do BNP Paribas e do Crédit Agricole e em um nível no caso de Société Générale. Depois deste corte, os três bancos ficam com o "rating" em "A2".
A Moody's dividiu os 15 bancos em três grupos, em virtude da sua solidez financeira. O banco sino-britânico HSBC (de "Aa2" para "Aa3"), o norte-americano JP Morgan Chase (de "Aa3" para "Aa2") e o canadiano Royal Bank of Canada (de "Aa1" para "Aa3") foram colocados no primeiro grupo.
A agência considera que, apesar da dimensão significativa das suas atividades de mercado, estes três bancos têm «uma capacidade de absorção de choques superior à da maioria dos seus pares, materializada em receitas oriundas de outras atividades, geralmente mais estáveis».
A Moody's entende que estas três instituições têm fundos próprios e liquidez sólidos, sublinhando que a sua exposição à dívida dos Estados da zona euro em maiores dificuldades e aos bancos destes países é «contida».
No outro lado do espectro, a agência de rating colocou no último grupo os norte-americanos Citigroup, Morgan Stanley e Bank of America, assim como o britânico Royal Bank of Scotland.
A Moody's diz que as atividades de mercado destas instituições deixaram a desejar no que se refere à gestão do risco e que foram marcadas por uma forte volatilidade. Ao mesmo tempo, as fontes de outro tipo de receitas são mais ténues e menos estáveis do que as da concorrência.
No grupo do meio estão os três bancos franceses.
A agência de notação financeira argumentou a decisão com o escrutínio mais apertado dos mercados e com potenciais custos de crédito mais elevados.